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GT Racismo participa de encontro para formação de professores em Arcoverde


O Grupo de Trabalho de Combate à Discriminação Racial (GT Racismo), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), participou, na última quarta-feira (19), do IV Encontro de Educação Afro-brasileira, realizado pela Gerência Regional de Educação Sertão do Moxotó Ipanema – Arcoverde, na própria sede. O evento teve por objetivo formar professores para implementar o ensino de história e cultura africana, afro-brasileira e indígena, conforme às Leis 10.639/2003 e 11.645/2008.

De acordo com a organizadora do IV Encontro, professora Irailda Leandro, a GRE- Arcoverde promove anualmente esses encontros para discutir o assunto, trazer novas abordagens e temáticas e dirimir dúvidas. “A ideia é estimular e fortalecer o debate para que as leis sejam implantadas”, ressaltou a organizadora.

Como membro do GT Racismo, a promotora de Justiça Irene Cardoso participou da mesa, que teve como tema principal A religiosidade como instrumento de preservação da memória, juntamente com o técnico da Unidade de Desenvolvimento de Ensino, Juscélio Arcanjo; o mestre de maracatu da Nação Porto Rico, Douglas Viana; e a mestre em relações étnico-raciais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ariene Oliveira.
Na ocasião, a promotora de Justiça explanou sobre o racismo institucional e a necessidade de se refletir agora sobre a constituição de uma agenda pública para a educação, a fim de uma efetiva implementação das leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que instituem a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana, afro-brasileira e indígena. Em seguida, o mestre de maracatu contou um pouco a história pessoal de ter sido criado num terreiro e se tornado mestre em maracatu. Ensinou também os instrumentos utilizados e os sons produzidos, assim como as diferenças sonoras de cada alfaia “É preciso conhecer para falar ou criticar. 

O maracatu vem ao longo da história mantendo viva uma tradição dos negros africanos”, pontuou Viana.
O técnico de ensino Juscélio Arcanjo enfatizou o papel da escola, na atualidade, de revirar a história e assumir a grandiosa tarefa de reparação, de promover os direitos culturais e educacionais de um povo na sua diversidade, na sua inteireza. “Pensar a escola com base na concepção enquanto espaço privilegiado de socialização dos indivíduos. Deve ser na escola o lugar que se aprende a conviver com as diferentes formas de agir, pensar e se relacionar”, reforçou Arcanjo. Por fim, a mestre em relações étnico-raciais, Ariane Oliveira, abordou sobre os ensinos nos terreiros.

Professores de 16 municípios que compõe a GRE Sertão do Moxotó Ipanema - Arcoverde participaram do encontro, de três dias (18, 19 e 20 de fevereiro), assim como a gestora regional Elma Rodrigues e a chefe da Unidade de Desenvolvimento Educacional (UDE), Gabriela Siqueira. A referida gerência atende 86 escolas, com o total de 17.224 alunos matriculados, em 2014.

Racismo Institucional – De acordo com Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é o fracasso coletivo de uma organização para prover um serviço apropriado e profissional para as pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica.

Informações: MPPE

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