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Curso capacita alunos e profissionais para capturar jacarés em Recife


Em períodos chuvosos, crescem os chamados para captura de jacarés na Região Metropolitana do Recife. Apesar da coragem de imobilizar um animal desses, o risco é grande e é preciso estar capacitado para minimizá-lo. Na noite dessa terça-feira (9), professores, alunos, bombeiros, técnicos e policiais da Companhia Independente de Meio Ambiente (Cipoma) participaram de uma capacitação no Horto Dois Irmãos.

O curso é ministrado pelo professor especialista em crocodilianos da Universidade de São Paulo, Luís Antônio Basset, buscando ensinar o melhor meio de manejo e captura de jacarés para que os profissionais lidem da forma correta com os bichos no dia a dia. “Esse animais não vêm pra cima das pessoas sem serem importunados, mas podem atacar. Por isso é preciso saber lidar corretamente”, ressalta o professor.

Entre os casos mais recentes estão o de um jacaré que apareceu em Jaboatão dos Guararapes. Com 1,7 metros, o animal estava em um canal e foi levado para um estuário na Reserva do Paiva. Em Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, outro jacaré nadava no Rio Capibaribe próximo às casas quando foi capturado por moradores e levado para a sede do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), em Casa Forte. Na Iputinga, também no Recife, um jacaré que estava embaixo do viaduto da Avenida Caxangá, durante a chuva do dia 17 de junho, também foi amarrado por moradores e comerciantes da área.

O material para pegar os jacarés tem laços de aço para o pescoço, braçadeira e fita adesiva para fechamento da boca e lanterna, usada para atrapalhar a visão do animal e facilitar a aproximação. Parte do treinamento acontece em um lago do parque, onde as equipes se dividem em barcos e tentam capturar os animais. Uma das equipes chegou bem perto de um filhote, que fugiu no último segundo.

O trabalho seguiu no cativeiro, com um bicho bem maior. O professor iniciou a captura e os alunos se revezaram na ajuda. O jacaré resistiu bastante, mas foi imobilizado e teve uma fita amarrada na boca, antes de ser levado para fora. “Para nós é importante para fazer trabalhos de mestrado, pesquisa, graduação, para que possamos conhecer as populações de jacarés que habitam nessa região”, acredita a professora de Zoologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Jozélia Correia.

Depois das técnicas de contenção e imobilização, vem a segunda parte do treinamento, que é a biometria. O animal é medido, pesado, tem o sexo identificado e o sangue colhido para exames. “Nós precisamos entender melhor as técnicas de abordagem pra lidar melhor com os jacaré na hora da captura”, aponta o soldado do Corpo de Bombeiros, André Torricelli.

Quem encontrar um jacaré no quintal de casa ou em alguma rua, pode entrar em contato com o Corpo de Bombeiros pelo 193 ou com Cipoma, pelo telefone (81) 3181.1700.

Fonte: G1


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