Advertisement

Facebook

Porcos surpreendem pesquisadores ao jogarem videogame em estudo

Foto:Pixabay


Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (11), no jornal Frontiers in Psychology, revela que porcos têm uma flexibilidade mental e comportamental maior do que se acreditava. No estudo, as cientistas Candace Croney e Sarah Till Boysen, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, ensinaram quatro animais a manipular, com o focinho, um controle de videogame ligado a um computador.

Dois porcos Yorkshire, chamados Hamlet e Omelette, e dois miniporcos Panepinto, chamados Ebony e Ivory, participaram da investigação. Todos os quatro foram treinados a fazer uma atividade cujo objetivo era mover o cursor, através de um joystick, em direção a quatro paredes que apareciam na tela.

A habilidade dos porcos de aprender diferentes tarefas, desde assimilar comandos básicos — para sentar, por exemplo — até realizar ações mais complexas, já era conhecida pela comunidade científica. O sucesso deles em um videogame, porém, é impressionante, porque os porcos têm dificuldade para enxergar objetos próximos, não possuem polegares e foram submetidos a testes geralmente utilizados para avaliar a inteligência de primatas não humanos.

Apesar de apresentarem certa limitação, todos os porcos demonstraram entender que havia uma conexão entre a próprio movimento, o joystick e a tela. “Para um animal, compreender que o comportamento dele tem efeito em outro lugar não é uma conquista pequena. O fato de que porcos conseguem fazer isso deveria nos levar a pensar o que mais eles são capazes de aprender e como isso pode afetá-los”, explica Croney, em nota.

No estudo, a equipe utilizou comida para ensinar certos comportamentos aos porcos e descobriu que o contato social pode ter grande influência no processo. Quando a máquina de alimentos não funcionava, os animais continuavam a dar respostas corretas com o auxílio de sinais verbais e táteis. As pesquisadoras também observaram que, durante tarefas mais desafiadoras, apenas incentivos verbais pareciam ajudá-los.

“Esse tipo de trabalho é importante porque, como com qualquer ser consciente, a forma como interagimos com os porcos e o que fazemos têm impacto e importância para eles”, diz Croney. “Portanto, nós temos a obrigação ética de entender como eles assimilam informação e o que são capazes de aprender e lembrar, pois isso tem consequências em relação à maneira como eles percebem a interação conosco e com os ambientes”.

Informações: Revista Galileu

Postar um comentário

0 Comentários

Comments

...