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Pesquisa Pernambucana confirma que vírus da Zica pode ser transmitido através do sexo


Se alguma vez na vida você utilizou a frase " Deu Ziza" para destacar algo que deu errado, lá vem zinca. Só que desta vez, vem em forma de notícia. Uma pesquisa realizada pela Fiocruz Pernambuco, em colaboração com a Universidade Estadual do Colorado (CSU), dos Estados Unidos, confirmou que o vírus da doença transmitida pelo Aedes Aegypti , pode acontecer através da via sexual. 
O vírus que até então se pensava que era transmitido por meio da picada do Aedes aegypti tem outros meios de chegar as casas e claro, as pessoas. A zica causa microcefalia e outras complicações neurológicas.

O estudo pernambucano foi o primeiro no Brasil a chegar a essa conclusão e o segundo a demonstrar que a transmissão sexual do vírus da Zika tem um papel muito mais importante na epidemia do que se estimava inicialmente. O primeiro foi realizado em Porto Rico, ano passado.

"A via sexual não parece ser unicamente responsável pelo contágio sustentado do Zika, mas, associada à transmissão pelo mosquito, pode contribuir significativamente para a disseminação eficiente do vírus", explica a pesquisadora Tereza Magalhães (CSU e Fiocruz PE), que coordenou o projeto ao lado dos pesquisadores Ernesto Marques (Fiocruz PE e Universidade de Pittsburgh, EUA) e Brian Foy (CSU).

Realizada em Pernambuco, a pesquisa precisou separar a transmissão sexual daquela por meio de picada do mosquito. 
Outras investigações já haviam comprovado a existência dessa forma de transmissão em localidades sem a presença do mosquito vetor, o Aedes aegypti, porém sem indicar qual a sua relevância na epidemia. 

Para a análise, o estudo recrutou pacientes atendidos na UPA de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, com sintomas sugestivos a dengue que já haviam participado de uma pesquisa sobre o diagnóstico da dengue entre 2015 e 2016. 

A partir desse conhecimento acumulado, foram convidados os participantes dessa pesquisa anterior (denominados index), seus parceiros sexuais e até mais dois moradores da mesma residência, formando um corte de 425 pessoas.
A hipótese de que a exposição ao Zika seria maior entre os parceiros sexuais foi colocada em prova com a coleta de amostras de sangue, testes sorológicos e questionários para todo o grupo em análise. 

Os resultados apontaram que, no caso do Zika, o risco de ter sido exposto ao vírus foi significativamente maior para o parceiro sexual do que para o morador no mesmo espaço que não era parceiro sexual.

Fonte: Folha de Pernambuco

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