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Casos de síndrome rara associada à maconha disparam nos EUA


A legalização da maconha para fins medicinais e recreativos em vários Estados norte-americanos tem trazido à tona temas que antes eram pouco conhecidos até por médicos. Entre eles, uma condição rara chamada de síndrome de hiperemese por canabinoide: o usuário tem fortes dores de estômago, náusea e vômitos, e os sintomas só são aliviados com banhos quentes, por razão ainda desconhecida.
A síndrome, associada ao uso pesado de maconha, tem sido reportada com muito mais frequência nos locais em que a droga foi legalizada, segundo um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Denver. Por ser um problema desconhecido, o diagnóstico é difícil e, em geral, os pacientes recorrem aos serviços de emergência diversas vezes até descobrirem o motivo do mal-estar intenso.
Uma reportagem veiculada na rede CBS e no site britânico Daily Mail conta a história de um homem, em Indiana, nos Estados Unidos, que passou dois anos com dores abdominais e vômitos até descobrirem o que ele tinha.
A doença foi descrita pela primeira vez na literatura médica em 2004, após dez pacientes terem sido diagnosticados em Adelaide, na Austrália.
O trabalho publicado no periódico Academic Emergency Medicine mostra que, entre 2008 e 2009, houve 41 suspeitas da hiperemese no Estado de Colorado. Já entre 2010 e 2011, após a legalização, foram diagnosticados 87 casos. A maior parte das vítimas eram mulheres brancas com idade média de 30 anos.
Como o uso crônico da maconha é frequente, é importante que não apenas os médicos tenham consciência da síndrome, como também os usuários.
Jairo Bouer/Uol

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