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Especialista frisa que mudanças são essenciais para avanço na educação superior

As disparidades do Brasil são grandes e não só no que diz respeito ao acesso à riqueza como ainda também no quesito conhecimento, educação. Este é um país no qual poucas pessoas ingressam no Ensino Superior. Somente 12% dos jovens entre 18 anos e 24 anos conseguem uma vaga nessas instituições, segundo alguns especialistas. “A dinâmica e a velocidade cada vez maior das mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais da sociedade moderna, nos leva a reflexão sobre a educação na atualidade, sobretudo, a educação superior”, comenta o professor Belmiro Vasconcelos, que atua como docente há 25 anos na Universidade de Pernambuco, que considera questões importantes a serem debatidas atualmente.

E não a toa, pois o cenário atual aponta ainda muitas dificuldades para quem consegue aprovação em uma universidade poder adquirir um ensino de qualidade. “O sistema de educação superior enfrenta graves problemas que precisam de soluções inteligentes e viáveis, esse modelo fragmentado, feito como uma linha de montagem com centros de saber separados uns dos outros, que vive isolada e se recusa a ler o presente mostra a necessidade de uma reflexão. Isso é grave, pois, é da universidade que saem os profissionais que vão atuar em todos os segmentos sociais”, destaca.

Uma discussão muito oportuna em meio a anúncios recentes, por exemplo, sobre o descredenciamento de 28 instituições de ensino superior. “O nosso ensino superior, em grande parte das universidades, enfrenta atualmente grandes problemas e desafios motivados por diferenças regionais, pressão por aumento de vagas, contribuição para o desenvolvimento tecnológico e inovação, necessidade da pesquisa, elevação dos padrões de qualidade, conquista da autonomia didático-administrativa e financeira, qualificação docente, empregabilidade dos formandos e egressos entre outros”, reforça Belmiro, que participa na tarde desta quarta de debate no Campus da Universidade de Pernambuco, em Arcoverde (Rua Gumercindo Cavalcante, 420 – São Cristovão).

Professor e ex-diretor da FOP (Faculdade de Odontologia), ele considera fundamental primar pela valorização da força de trabalho da instituição de ensino, através inclusive da melhoria da infraestrutura instalada e qualificação da assistência estudantil, em consonância com as políticas de desenvolvimento do Estado de Pernambuco. Mudanças que ressalta, inclusive, serem fundamentais para a própria Universidade de Pernambuco, para a qual concorre em campanha para eleição à Reitor ao lado do professor Mauro Virgílio Barros (candidato à Vice-reitor). "A Universidade de Pernambuco passa por um momento delicado e necessita se reestruturar, particularmente em relação à necessidade de maior valorização da sua força de trabalho e de melhorias na sua infraestrutura. Para nós, valorizar os docentes é, entre outras coisas, dar chance ao mesmo de se qualificar ainda mais, trazendo o conhecimento aonde ele é necessário”, comenta. 

Ivelise Buarque 
Jornalista / DRT-PE 2.467

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