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Opinião: Recife não precisa de música baiana no carnaval

O Jornal do Comércio de Pernambuco veio com uma reportagem que tratava de um assunto muito discutido entre os pernambucanos nos últimos tempos principalmente depois de nos depararmos com as programações de Recife e Olinda.
O título da reportagem era o seguinte: FREVO X AXÉ NA PAUTA DO DIA (José Teles). A mesma retrata a particupação de cantores como Daniela Mercury, Carlinhos Brown e Margareth Menezes no carnaval das referidas cidades.
Há alguns anos atrás saiu um decreto na cidade de Olinda que proibia que se toca-se algo que não fosse frevo. Que pena que engoliram o decreto e que Recife não dispõe de um com o mesmo teor.
Posso parecer radical, mas não sou não. Acredito que o frevo é a alma do nosso carnaval, a nossa identidade, a nossa cara , enquanto que os trios elétricos são a cara da Bahia que nem de longe é tão democrático e lindo como o nosso.
Nada contra cantores bahianos que fique claro. Sou chicleteira e amo Ivete, mas não concordo que ao invés de se contratar para os palcos principais os nossos cantores e compositores se traga cantores bahianos, NX Zero, Zeca Pagodinho ou algum Mc.
Isso é terrível!!!! As vezes tenho a sensação que os meus filhos não verão o Galo da Madrugada ou se virem não escutarão os nossos frevos, mas músicas de hip hop, tecno, axé ou outra coisa.
A nossa música é muito rica e repleta da nossa história. Temos Claudionor Germano, Getúlio Cavalcanti, Almir Rouche, marrom Brasileiro, Antônio de Nobrega, Quinteto Violado,André Rio, Nonô Germano, Naná Vasconcelos, Nena Queiroga, Gustavo Travassos, J Miquelis e tantos outros, por que não colocar no Marco Zero para os turistas conhecerem o CARNAVAL DE RECIFE? Quem vem a Recife não quer ver NX Zero, quer ver o que é nosso, o nosso frevo, o maracatu, a ciranda , o caboclinho.
E concordo com o que Almir Rouche disse na entrevista: A Bahia se organizou e priorizou o que é de casa, levou pro Brasil e pro mundo, investiu pesado em propaganda. E os músicos pernambucanos? Se organizaram? Cobraram do Estado e das prefeituras abertura e investimento na nossa música? Não, cada um corre por si, investem devagar e quase parando em suas carreiras e no geral nadam nadam e morrem na praia.
É preciso que o nosso carnaval seja revisto e que a nossa cultura incentivada , publicada e por que não dizer patrocinada.

Salve a nossa música, o nosso frevo de rua, os blocos líricos e NÃO A MÚSICA BAHIANA NO NOSSO CARNAVAL.

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