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Especialistas dizem que Segurança Cibernética no Brasil é vulnerável

Especialistas que participaram nesta terça-feira (22) de audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem chamaram atenção para a vulnerabilidade do Brasil na defesa cibernética.
Para o especialista em segurança, Paulo Pagliusi, numa escala de zero a dez, o Brasil está com a nota 4 no que diz respeito à defesa cibernética. Ele defendeu investimentos no desenvolvimento de satélites e de cabos submarinos. Pagliusi destacou que 90% das informações brasileiras passam pelo território dos Estados Unidos, o que facilita a espionagem.
–  Essa realidade tem que mudar, tem que haver investimentos fortes em cabo de submarinos brasileiros. Essa questão do satélite é ponto de honra. Temos que recuperar o domínio do nosso satélite brasileiro, que não se aplica apenas ao uso civil, também tem emprego dual, militar. Não faz sentido deixarmos isso na mão de estrangeiros, afirmou.
O professor da Universidade Federal de Pernambuco, Rodrigo Assad, destacou a iniciativa do governo de desenvolver um correio eletrônico próprio.  Já o representante do Comitê Gestor da Internet, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, Rafael Moreira, revelou que o governo vai anunciar em novembro investimentos para que empresas brasileiras desenvolvam tecnologia nacional que dificulte a espionagem.
– Que elas estejam disponíveis no mercado por empresas brasileiras que ofereçam essas tecnologias para que os cidadãos possam utilizar essas ferramentas de uma forma segura para que suas comunicações pela internet possam ser comunicações seguras, acrescentou.
Agência reguladora
A presidente da CPI, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), disse que as propostas das audiências com especialistas vão se transformar em projetos de lei. Um deles tratará sobre a criação de agência reguladora de defesa e segurança cibernética, uma unanimidade entre especialistas, segundo a senadora.
Ela citou outra proposta que vai estabelecer a certificação de equipamentos e programas de informática e definir regras para a sua compra pelo governo.
– Somos vulneráveis do ponto de vista que não desenvolvemos sistemas próprios de segurança. Somos vulneráveis porque não desenvolvemos fiscalização de qualquer sistema. Somos vulneráveis porque empresas públicas importantes não utilizam tecnologia nacional de segurança. Estamos vendo uma coincidência na apresentação de propostas, disse.
Reportagem de Hérica Christian, da Rádio Senado

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