Foto: Divulgação
A Polícia Federal de Pernambuco acionou, nesta terça-feira (24), a operação "Clã", que visa combater crimes de desvio de recursos sanitários por uma organização social de saúde em Pernambucos. 17 mandados de busca e apreensão estão a ser cumpridos na tentativa de encontrar documentos, relatórios, notas fiscais e outras provas. Duas pessoas envolvidas serão retiradas das suas funções. A operação também foi apoiada pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público Federal (MPF).
A investigação teve origem em informações recebidas pela PF sobre possíveis irregularidades na execução de contratos de gestão firmados entre a Secretaria de Saúde do Governo do Estado de Pernambuco e a organização social investigada. Os alegados crimes estariam ligados à contratação direcionada de prestadores, execução fictícia de serviços, sobrecobração de valores pagos e ocultação de valores desviados. Estes incidentes viram o engajamento tanto dos gestores da fundação como de outras empresas de terceiros.
Essa organização social é responsável pela assinatura de contratos com o Governo do Estado para gerir importantes hospitais e UPAs do estado. As irregularidades identificadas não se referem à prestação de serviços de saúde dos hospitais geridos pelo grupo, mas sim a serviços terceirizados de média atividade como limpeza hospitalar, abastecimento de alimentos, entre outros.
Os valores dos contratos firmados entre a organização social de saúde e apenas uma das empresas investigadas ultrapassam R$ 89 milhões. Mesmo não sendo uma instituição pública, a organização social em questão se compromete a cumprir várias leis e regulamentações na hora de fazer convênios com o estado, pois recebe verbas públicas para a prestação de serviços. Os crimes apurados pela PF são os de especulação e organização criminosa, evasão fiscal e lavagem de dinheiro, cujas penas ultrapassam 30 anos de prisão. As vigília acontecem em Recife, Olinda e Paulista e no município de Aracaju/SE, com a participação de 80 policiais federais e 07 auditores da CGU.
Comunicação Social da Polícia Federal em Pernambuco
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