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Destaque do São João, Rafa Lira dá uma nova cara à música pernambucana


É impossível não se impressionar com o show de Rafa Lira, artista que foi um dos destaques do São João do Recife deste ano, fez a cidade tremer e deu uma nova cara à música pernambucana. Foram várias apresentações pela cidade e que tiveram destaque e repercussão entre o público e produtores pela estética musical apresentada no palco: uma mistura de música eletrônica e música latina com sotaque pernambucano.

“A gente já chama atenção a partir do momento que sobe no palco. No caso dos São João, as pessoas estão acostumadas a ver uma estética do forró já determinada. Mas no primeiro minuto elas foram impactadas porque a estética é diferente, a formação é diferente. De repente aparece uma percussão gigante, conga, timbal, e uma mesa de música eletrônica”, opina o artista, que propõe uma mistura de ritmos brasileiros (como axé, arrocha e forró), com sons latinos (como merengue de rua, salsa e cumbia), levando junto a estética da música eletrônica para o palco.

 

“Eu sempre gostei muito de ter contato com a massa, fazer show para o povo, e participar de festas como o São João da minha cidade”, revela Rafa Lira, que esteve em vários polos da cidade como Arruda, Bomba do Hemetério, Guabiraba, Madalena e Vila Tamandaré.

 

Segundo o artista, a proposta da apresentação surgiu na pandemia, ironicamente quando estava em casa sem fazer shows. “Eu já gostava de produção musical e fazia minhas próprias canções há um tempo. Quando veio a pandemia comecei a estudar mais a fundo sobre produção musical. Primeiro tive aulas com Guilherme Assis e depois fiz um curso na Universidade do Áudio. Minhas principais referências foram artistas que autoproduzem, nomes como Charlie Puth, Baiana System, Àttooxxá, Vicente Garcia, que também levam a estética da música eletrônica para o palco”, ressalta Rafa Lira.

 

“Comecei a usar o que aprendi de produção musical no meu show, eu tinha na minha cabeça que a percussão é muito viva e queria dar um destaque para as batidas porque meu show é feito para dançar. E a gente encontra isso nas percussões, era algo que eu queria no palco porque faz com que o swing fique mais evidente”, pontua o artista.

 

Outra coisa foi levar a música eletrônica para o palco, e também foi uma ideia que surgiu na pandemia quando Rafa Lira teve mais tempo para se dedicar aos estudos. “Antes era uma correria de 30 shows por mês e eu não conseguia focar nisso. Mas com o isolamento eu consegui parar e me dedicar na área da produção musical”.

 

Nos últimos meses Rafa Lira lançou alguns singles. O mais recente foi “Não Vai Mudar”, canção autoral que faz uma mistura de forró com música eletrônica. Só em seu perfil do Instagram o vídeo de lançamento do single bateu a marca de 20 mil plays em menos de 24 horas. Outro single lançado foi “Diário”, remake gravado com grande artista do brega pernambucano Dayanne Henrique e passou dos 50k de audições. Teve também “Quebra”, em parceria com Taiguara Borges, que ultrapassou 100 mil viewsAs três músicas foram praticamente produzidas e gravadas no homestudio de Rafa Lira, e marcam uma nova fase na carreira do artista.

 

Marcus Iglesias

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