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Crianças menores de 12 anos serão proibidas de cabecear bola no futebol na Inglaterra, para evitar lesões.

Foto: Gettty Imagens

A Associação de Futebol da Inglaterra anunciou nesta que crianças menores de 12 anos serão proibidas de cabecear a bola em jogos de futebol, no país. Pesquisas sugerem que ex-jogadores têm maior probabilidade de morrer de doenças cerebrais e, por isso, a notícia foi bem recebida por ativistas que lutavam pela causa há tempos.

A proibição será colocada em vigor e valerá por toda a rede da Football Association, em ligas, escolas e clubes do país. De acordo com o porta-voz da FA, será um teste. "Se o teste for um sucesso, o objetivo é remover o cabeceamento deliberado de todas as partidas de futebol no nível sub-12 e abaixo da temporada 2023-24", disse ele, segundo o The Mirror.

Pesquisas já revelaram que jogadores de futebol profissionais têm três vezes mais chances de morrer de demência do que pessoas da mesma faixa etária, na população em geral. Crianças de 11 anos ou menos não são mais ensinadas a cabecear durante os treinamentos, na Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte.

A orientação da Associação é para que os treinadores limitem a quantidade de jogadas de cabeça, mesmo para as crianças mais velhas. No ano passado, a recomendação era de que fossem realizados no máximo dez cabeceios por semana, ao longo dos treinos.
"A FA continuará a explorar mais ideias, consultando todas as partes interessadas no jogo, para reduzir o cabeceamento no futebol juvenil sem mudar fundamentalmente o tecido do jogo", acrescentou o porta-voz da instituição.

Jeff Astle, ex-atacante do West Brom, que jogou na seleção da Inglaterra na Copa do Mundo de 1966, morreu depois de ter doença cerebral, que os médicos acreditam, estavam fortemente relacionadas aos cabeceios no futebol. A filha dele, Dawn, lidera um projeto de doenças neurodegenerativas no futebol na Associação de Jogadores de Futebol Profissional, comemorou a mudança. "Queremos que todos os nossos filhos desfrutem do futebol, mas eles devem poder jogar com segurança", disse ela. "O novo teste proposto para estender as diretrizes de cabeceio já em vigor para o treinamento para as partidas é um passo lógico e sensato", afirmou.

No Brasil, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também estuda a possibilidade de acabar com os treinos de cabeceio para crianças de até 12 anos a fim de evitar concussões. A decisão é baseada em uma pesquisa feita nos Estados Unidos. "É uma orientação internacional que ainda está sendo adotada por outros países. Estamos estudando essa possibilidade baseada em estudos internacionais. No entanto, as conversas ainda são iniciais, preliminares, não há decisão ou prazo", informou a assessoria de imprensa da entidade, em 2020.

Informações: Revista Crescer

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