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O Dia em que Pernambuco parou. O adeus a Eduardo Campos

Foto: Ricardo Nogueira / AFP

Na última quarta-feira (13), o Brasil começava o dia com a notícia sobre um acidente de avião. No momento da queda, se falava em feridos , mas não se sabia quem estava na aeronave, até que por volta das 11h veio uma notícia inesperada e que mudaria os rumos da política pernambucana e por assim dizer nacional. Estavam a bordo do avião Eduardo Henrique Accioly Campos, Carlos Percol, Alexandre Severo, Marcelo Lyra, Pedro Valadares Neto, Geraldo da Cunha e Marcos Martins.

Foto: Jornal do Comércio

A notícia foi um choque para os pernambucanos que viram Eduardo em entrevista ao Jornal Nacional em uma noite anterior e que na manhã seguinte, recebiam perplexos a notícia de que um dos maiores líderes políticos do estado e do país havia morrido. Durante quatro dias, os pernambucanos não desgrudaram da televisão e da internet em busca de informações sobre as causas do acidente, a identificação dos restos mortais e a vontade de colocar no colo a viúva Renata Campos e os filhos que haviam perdido o pai. Na noite de sábado (16), as famílias foram buscar os seus ente queridos na base aérea do Recife e os filhos de Eduardo se mostraram guerreiros. Subiram com o caixão do pai no corpo de bombeiros e saíram pelas ruas do Recife em um cortejo que durou mais de duas horas.


                                                                     Foto: Jornal do Comércio

Tudo sob o olhar chocado e emocionado dos pernambucanos que constatavam a que notícia sobre a morte do ex governador era verdade. Ao chegar ao Palácio do Governo por volta das 2h e pouco da madrugada, o velório iniciava com a presença de centenas de pessoas que assim como a família não saia do local.

Foto: Agência Reuters

No domingo (17), o estado parou. Não há palavra que defina melhor o que acontecia pelo estado. Se o Recife fluía na direção do velório, nas outras cidades caravanas se dirigiam a capital e quem não saiu de casa, não desgrudou da televisão que transmitia tudo ao vivo e nem das redes sociais.

Mais de 160 mil pessoas se aglomeravam para dar adeus a Eduardo Campos e aos seus assessores. Candidatos como Dilma Rousseff, Aécio Neves e Pastor Everaldo vieram se despedir de Eduardo. O ex-presidente Lula, não continha as lágrimas e tão pouco a emoção pela perda do amigo e tentava consolar os filhos e Renata que mesmo afetada pela perda se mantinha uma fortaleza.  
Familiares, amigos, políticos, correligionários também prestaram reverência. Marina Silva, vice de Eduardo na chapa do PSB à Presidência, também se fez presente.
                                                                         Foto: Rede Globo
Artistas como Cristina Amaral, Antônio Marinho, Alceu Valença, Maciel Melo e Petrúcio Amorim cantaram e declamaram emocionados em homenagem ao amigo. 
     Foto: Rede Globo

Durante todo o percurso do caixão levado num carro do Corpo de Bombeiros ao cemitério  de Santo Amaral, as ruas do Centro da capital pernambucana se tornaram um mar de gente que cantava desde músicas religiosas, a gritos de guerra e jingles das campanhas de Eduardo Campos. Os filhos mais velhos usavam chapéis de palha em referência ao programa que passou do avô, Miguel Arraes ao neto.
Em frente ao túmulo, Renata, os filhos e a mãe de Eduardo Campos,assim como familiares, políticos e amigos se despediam do político, amigo, filho, pai e um mito.
                                                                           Foto: Rede Globo
Renata e os filhos que se mantiveram firmes quase todo tempo, se despediram com beijos no caixão, frases ditas rapidamente e é claro, muita emoção. 
Um dia que sem sombra de dúvidas , ficava para a história deste estado.
Amannda Oliveira



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