Festival de Inverno de Garanhuns. Conversa com o cantor Waldonys


Na noite segunda noite do Festival de Inverno de Garanhuns, voltada para homenagem a Dominguinhos, o cantor cearense Waldonys conversou com o Blog Falando Francamente sobre o mestre e amigo.

Falando Francamente: O que Dominguinhos representou para você?

"Dominguinhos foi pra mim, muito mais do que um grande ídolo, ele foi um grande amigo. Ele foi assim uma presença importantíssima na minha vida, ele me ajudou muito tanto que mesmo depois dele ter viajado falecido, ele continua me ajudando, eu estou falando agora como sanfoneiro. E como sanfoneiro, eu acredito que todo sanfoneiro que se preze tem que beber na fonte da obra de Dominguinhos. E eu tive a honra de conhecê-lo muito cedo e de ter sido apadrinhado por ele. De ter sido apresentado a seu Luiz Gonzaga. Tudo na minha vida tem a pitada de Dominguinhos. Eu tenho uma gratidão eterna por ele. "

Este foi o primeiro São João do Nordeste sem Dominguinhos. E agente vem percebendo nas programações dos municípios uma infeliz crescente  presença de atrações sertanejas , de bandas estilizadas e até axé e a diminuição do nosso forró, da nossa sanfona. Como você tem visto isso?

Desde que o Dominguinhos era vivo vínhamos percebendo isso, e eu venho dessa escola onde a ética profissional nos faz dizer que existe espaço para todo mundo e realmente é assim, só que não tem tido muito espaço para o forró autêntico ou pé de serra. E eu não chamaria nem assim, chamaria de forró, por que como diz o ditado no Rio Grande do Norte onde mora um amigo meu: Forró é igual a Tatu, só presta o verdadeiro o outro é o peba.O que me preocupa são os excessos de certas bandas. E você percebe que as pessoas estão carentes de uma música que tenha conteúdo como de poetas como Santanna, Maciel Melo, Flávio Leandro, de um Petrúcio Amorim, mas está um canibalismo tão violento na música que fica uma briga desigual.

Amannda Oliveira

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