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“Medeia Vozes” da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz se apresenta em Arcoverde

                                                                      Foto: Pedro Isaias Lucas

Comemorando os seus 35 anos de trajetória a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, pegou a estrada com o patrocínio do Ministério da Cultura e da Petrobras, com parada obrigatória por São Paulo e Pernambuco. Na capital paulista, o grupo realiza uma temporada com o espetáculo “Medeia Vozes” que será apresentados nos dias 10 e 13 e no período de 15 a 20 de outubro, na sede do Grupo Vento Forte. Em seguida, o grupo vem direto pra Pernambuco onde se apresenta na cidade de Arcoverde , onde realiza uma temporada  do espetáculo na Estação da Cultura, no período de 05 a 10 e de 12 a 15 de novembro, sempre às 19h e 30 minutos.

As apresentações terão entrada franca. As senhas serão distribuídas 30 minutos antes do espetáculo.

Em MEDEIA VOZES, Christa Wolf toma uma versão antiga e desconhecida do mito, e nos traz uma mulher que não cometeu nenhum dos crimes de que Eurípides a acusa. Por mais de dois mil anos, Medeia, uma das mais poderosas mulheres da mitologia grega, é acusada de várias atrocidades, tais como o fratricídio, o infanticídio e o envenenamento de Glauce, e é esta imagem que foi imposta à consciência ocidental que Wolf vem negar. O mito é questionado e reelaborado de maneira original, para analisar o fundamento das ordens de poder e como estas se mantêm ou se destroem.  
Medeia é uma mulher que está na fronteira entre dois sistemas de valor, corporizados respectivamente pela sua terra natal, e pela terra para a qual foge.  Ambas as sociedades, Corinto e Cólquida, apresentam na sua história um sacrifício humano fundamental, que serviu para a estabilização do poder patriarcal. Medeia é uma mulher que enxerga seu tempo e sua sociedade como são. As forças que estão no poder manifestam-se contra ela, chegando mesmo à perseguição e banimento, ela é um bode expiatório numa sociedade de vítimas.

A Medeia pacifista do Ói Nóis Aqui Traveiz demonstra a inutilidade de todo processo bélico. A encenação forma uma obra polifônica, onde, além das vozes dos personagens narradores do romance, somam- se vozes de mulheres contemporâneas como as revolucionárias alemãs Rosa Luxemburgo e Ulrike Meinhof, a somali Waris Diriiye, a indiana Phoolan Devi e a boliviana Domitila Chungara, que enfrentaram de diferentes maneiras a sociedade patriarcal em várias partes do mundo. 
Com a criação coletiva Medeia Vozes a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz dá continuidade ao Projeto Raízes do Teatro e segue uma linha de investigação sobre teatro ritual de origem artaudiana e performance contemporânea. Este projeto já trabalhou com mitos que resultaram nos espetáculos: Antígona Ritos de Paixão e Morte (1990), Missa para Atores e Público sobre a Paixão e o Nascimento do Doutor Fausto de Acordo com o Espírito de Nosso Tempo (1994) e Aos Que Virão Depois de Nós Kassandra In Process (2002).

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