Foto: Ana Cláudia Mara
O Sindicato dos Médicos de Pernambuco
(Simepe) e o corpo médico do Hospital Regional do Agreste (HRA), em
Caruaru, formalizaram na tarde da última quarta-feira (08), no Conselho
Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), o pedido de interdição
ética da unidade de saúde.
A solicitação foi gerada em decorrência
da grave situação de déficit de profissionais em cirurgia geral e
ortopedia encontrada na unidade, além das relações precárias de
trabalho, estabelecidas através de pagamento dos médicos por empenho.
Para o presidente do Simepe, Mário Jorge
Lobo, os problemas do HRA são gritantes: "A falta de concurso público e
de uma política de reposição do quadro de profissionais médicos na
emergência está gerando uma caos na unidade".
Em função da falta de médicos nos
plantões, os pacientes que chegam ao Hospital Regional do Agreste estão
sendo removidos para hospitais do Recife. "A migração dos atendimentos
para a capital está provocando uma alta demanda em hospitais como o
Getúlio Vargas, que passa a não ter condições de atender o alto número
de emergências", disse Mário Jorge.
A presidente do Cremepe, Helena Carneiro
Leão, detalha os encaminhamentos definidos na reunião: "Vamos manter a
prerrogativa da interdição ética esperando que, durante o prazo de
trâmite, que se estabelece até o final de agosto, quando uma plenária
será realizada, uma solucão seja apresentada pelo Estado".
Será realizada no dia 17 deste mês uma
reunião no Ministério Público Estadual a fim de que sejam encontradas
soluções para sanar a defasagem em recursos humanos encontrada no
hospital.
O HRA recebe a demanda de pacientes de
80 municipios circunvizinhos. "O Conselho tem a preocupação não só com a
condição de trabalho do médico, mas também com a garantia na
assistência a esta população que precisa ser atendida naquela unidade",
disse Helena Carneiro Leão.
Para José Reinaldo, representante da
delegacia do Cremepe em Caruaru, "a interdição ética é algo que tem de
ser feito com muita responsabilidade. Esta medida está sendo posta em
análise em virtude do Governo do Estado não ter tomado medidas para
solucionar o problema. Esperamos proposta do Governo para mudar esta
realidade", afirmou.
Informações: Assessoria de Imprensa
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