Quem estava acordado às 6h deste sábado, se perguntava quem teria coragem de sair de casa para ir ao Galo da Madrugada. Após uma noite chuvosa o Recife amanheceu com ruas alagadas e com o trânsito ainda mais lento, mas o folião mostrou que não tem medo de chuva e o Galo da Madrugada arrasou mais de 2 milhões de pessoas pelas ruas do centro da cidade.

Este ano pra mim teve um gostinho especial. Pela primeira vez em mais de dez anos acompanhando o maior bloco de rua do mundo, me peguei mais emocionada do que nunca ao acompanhar todo o percurso no trio elétrico oficial do Galo puxado pelo meu amigo Gustavo Travassos tendo como convidados Fafá de Belém e Beto Hortis.

Quando ficamos em um camarote, sabemos da multidão que segue pelas ruas e assistimos os mais de vinte trios elétricos que desfilam com os nossos artistas, mas ver de cima todo o percurso , observar a emoção nos olhares e a alegria nas fantasias criativas, é algo indescritível.


Todo mundo tem uma lista de shows que gostaria de assistir, de lugares que gostaria de visitar e de pessoas que gostaria de conhecer. Eu sempre quis conhecer seu Enéas Freire que em 1978 criava o Clube de Máscaras Galo da Madrugada que sempre brigou pelo carnaval democrático e tradicional onde não se cantasse outro ritmo que não fosse o pernambucano como ciranda, coco de roda, caboclinho, frevo e maracatu.
Lembro-me que todos os anos era a mesma briga, mas ele não arredava o pé e não abria mão de tocar o que fosse tradicionalmente nosso.
Quando olhava para Gustavo Travassos hoje no Galo, fiquei imaginando o orgulho que seu Enéas deve ter do filho que retrata como poucos a nossa cultura.


O Galo que homenageou este ano Luiz Gonzaga pela passagem dos seus 100 anos, teve encontramos de Gustavo Travassos com Roberta Sá, Lula Queiroga, Luis Melodia e Silvério Pessoa que de um carro de apoio cantaram músicas bem conhecidas dos pernambucanos.

Confiram algumas fotos:












Amannda Oliveira