No último dia 23 de fevereiro, um grupo de cientistas anunciou que uma flor do Ártico que morreu há 32 mil anos, foi revivida por um grupo de cientistas russos. O fruto foi guardado por um esquilo em sua toca na tundra, no noroeste da Sibéria, onde passou milhares de anos congelado até ser desenterrado pelos especialistas há alguns anos. As plantas são parecidas com a atual Silene Stenophylla.
Esta seria a mais antiga planta recuperada por meio de tecido antigo. Até agora, o recorde era de uma palmeira, gerada a partir de uma semente de 2 mil anos, recuperada numa antiga fortaleza em Masada, em Israel.
Sementes e determinadas células podem durar por milhares de anos sob determinadas condições climáticas, mas muitas alegações de longevidade extrema não resistiram a um exame mais minucioso e biólogos aguardam confirmações independentes do estudo. Histórias de trigo crescendo a partir de sementes achadas em tombas de faraós já foram desacreditadas, por exemplo. Sementes de um tipo de ervilha supostamente de dez mil anos atrás foram achadas em uma mina de ouro soterrada em Yukon, no Canadá. Mas as sementes, datadas posteriormente pelo método do radiocarbono, revelaram-se modernas.
A despeito da polêmica, a nova descoberta está calcada em uma datação de radiocarbono acurada. Um caminho similar de investigação do passado distante, o do DNA antigo, foi primeiro desacreditado depois que o anúncio de um DNA de dinossauro se revelou falso. Mas agora, com métodos mais modernos, produziu excelentes resultados na reconstituição do genoma do Neandertal.
O novo estudo, feito por um grupo coordenado por Svetlana Yashina e Dadiv Gilichinsky, do Centro de Pesquisa Pushchino, da Academia de Ciências da Rússia, foi publicado na última edição da “Proceedings of the National Academy of Sciences”, a PNAS.
— Trata-se de um incrível avanço — afirmou Grant Zazula, do Programa de Paleontologia de Whitehorese, no território Yukon, no Canadá, que revelou que as sementes encontradas na mina canadense eram modernas. — Não tenho dúvidas de que se trata de uma descoberta legítima.
Mas o estudo russo deve demandar muitos pedidos de novas provas de legitimidade.
— Está muito além do que esperávamos — afirmou Alastair Murdoch, especialista em sementes da University of Reading, no Reino Unido. — Quando as sementes ficam expostas a 7 graus Celsius negativos, depois de 160 anos, apenas 2% delas ainda são capazes de germinar.
As sementes usadas no estudo estavam estocadas em tocas de esquilos e ficaram durante todo esse tempo congeladas a temperaturas de 7 graus negativos.
Fonte: G1
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