Eu sempre digo a minha mãe que adoraria ter nascido na época em que brilhavam alguns nomes na nossa música como Elis Regina. Sempre me pego imaginando como seria assistir a um show dela ao vivo e sei que seria inesquecível.
Fui criada ouvindo boa música e a docilidade, acompanhada pela garra e energia desta mulher linda sempre me chamaram a atenção.
Hoje , trinta anos após a sua morte, o Brasil parece ter acordado mais para a sua importância na nossa música. Muitos jornais e revistas fizeram algum comentário ou prestaram alguma homenagem a ela. Mas sempre acho pouco, muito pouco se compararmos as porcarias que ganham um destaque enorme na mídia e que não nos acrescentam nada, que desconstroem a história ao invés de nos acrescentar como pessoas e cidadãos.
Músicas que marcaram história como Como Nossos Pais, O Bêbado e o Equilibrista, Carinhoso e Tatuagem ainda são cantadas hoje nos quatro cantos do país. Em bares, rodas de amigos, momentos em família e graças a isso, muitos artistas não morrem.
Elis Regina, nasceu em Porto Alegre e começou sua carreira com apenas 11 anos de idade em um programa de rádio para crianças. Aos 16 lançava o seu primeiro Lp e na década de 60 estourou como uma das promessas da MPB.
Na década de 70 e início de 80 se consolidou como a maior cantora do Brasil e causou polêmica. Foi nessa época que ela disse a histórica frase: "neste País só duas cantam, a Gal (Costa) e eu".
Dona de uma personalidade forte e de uma interpretação inconfundível, advindas de um temperamento que despertava amor e ódio nos que a cercavam, Elis recebeu o apelido de Pimentinha , dado por Vinícios de Moraes.
Hoje trinta anos depois, quando nos deparamos com o que tem sido feito em sua homenagem, temos a sensação que mesmo depois de tanto tempo, Elis não morreu, por estar eternizada na sua obra.
Amannda Oliveira
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