A narrativa gira em torno de dois personagens principais, Marcus e Rene, uma garota autista não verbal, que estão em um passeio até que a canoa fica à deriva no lago, em um momento em que eles precisam achar uma forma de se conectarem e se comunicarem.
Com apenas 5 minutos de duração, a animação aborda diversas questões que vão muito além da comunicação verbal e uma pessoa, ou até mesmo a ausência dela, onde os dois precisam descobrir o mundo pelo olhar um do outro.
Porém, o filhote se encanta com uma fogueira deixada acesa na praia. A partir daí começam os seus percalços, enfrentando a poluição e os predadores. A pequena tartaruga nasce com uma das suas nadadeiras menor que a outra, o que traz dificuldade e o primeiro estranhamento, mas determina o desenvolvimento do poder da adaptação. Curiosa – um desvio do seu instinto -, a sua primeira distração/fascinação já a coloca em perigo. O percurso é repleto de desafios, sejam naturais, os predadores, sejam anomalias, não naturais, que é a capacidade ilimitada do ser humano em produzir resíduos sólidos e químicos.
Então, como se não bastasse os obstáculos engendrados pela sobrevivência, o que rende tensão à animação, há a crítica a nossa falta de consciência ambiental, que faz com que o lixo seja um inimigo tão implacável no abate dos filhotes de tartaruga quanto as aves, como o gavião.
Equilibrando-se entre o dramático e o cômico, Hope alerta para a destruição silenciosa, contumaz e perversa da vida marítima.
"Este ano a mostra traz mais uma vez um olhar sobre temas como inclusão, respeito e cuidado ao meio ambiente e traz essa e reflexão sobre a pandemia e como nós nordestinos nos sentimos ao não poder realizar uma festa tão tradicional como o São João, por que isso refletiu também nas crianças, e é uma oportunidade de falar sobre esse tema com elas".; destacou Amannda Oliveira que assina a produção geral e a curadoria este ano. A produção executiva do projeto é assinada por Wilson Pessoa e a Associação Cultural ComunicArte.
A ação é gratuita e tem como objetivo criar novos públicos em uma cidade que não possui cinema.

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