II Mostra de Cinema nas Escolas começa nesta terça-feira em Arcoverde


As crianças da Escola Freire Filho, localizada no bairro do São Geraldo , em Arcoverde, vão receber a partir desta terça-feira (14), a II Mostra de Cinema nas Escolas. A ação é realizada pela Associação Cultural ComunicArte, em parceria com o Blog Falando Francamente, a Produções RSA e o Instituto Mãos que Fazem.

Este ano os filmes escolhidos para a mostra estão:

Fitas - Escrito e dirigido por Erica Milsom, o curta apresenta o primeiro personagem da Pixar que é autista não verbal. Uma animação de extrema importância para refletir sobre a diversidade da sociedade.

A narrativa gira em torno de dois personagens principais, Marcus e Rene, uma garota autista não verbal, que estão em um passeio até que a canoa fica à deriva no lago, em um momento em que eles precisam achar uma forma de se conectarem e se comunicarem.

Com apenas 5 minutos de duração, a animação aborda diversas questões que vão muito além da comunicação verbal e uma pessoa, ou até mesmo a ausência dela, onde os dois precisam descobrir o mundo pelo olhar um do outro.

Josué e o Pé de Maxaceira - curta-metragem de animação de Diogo Viegas, que conta história de um menino que troca seu burro por uma “macaxeira mágica”, e é uma adaptação brasileira para o velho conto de João e os feijões mágicos que o levam a um mundo fantástico. “Com diversas mudanças e adaptações, trouxemos para o ambiente nordestino a história de ‘João e o pé de feijão’. Desde pequenas adaptações, como o fato do gigante ser um cangaceiro, até grandes mudanças conceituais, tal como a harpa mágica ser substituída por um trio de forró de barro”, conta Viegas. O Filme já recebeu vários prêmios e foi financiado através de edital da Petrobras.

Era uma Noite de São João - Dona Dorinha, uma viúva idosa cumprindo quarentena no interior do Sertão, relembra da janela de seu sobradinho a sua história de vida através das festas juninas da cidade ao longo dos anos. A direção, roteiro e produção são assinados por Bruna Velden.

Hope - Conta a história de uma tartaruga recém-nascida que precisa atravessar alguns metros de areia para chegar ao mar e realizar o seu destino aquático, seguir o seu instinto natural.

Porém, o filhote se encanta com uma fogueira deixada acesa na praia. A partir daí começam os seus percalços, enfrentando a poluição e os predadores. A pequena tartaruga nasce com uma das suas nadadeiras menor que a outra, o que traz dificuldade e o primeiro estranhamento, mas determina o desenvolvimento do poder da adaptação. Curiosa – um desvio do seu instinto -, a sua primeira distração/fascinação já a coloca em perigo. O percurso é repleto de desafios, sejam naturais, os predadores, sejam anomalias, não naturais, que é a capacidade ilimitada do ser humano em produzir resíduos sólidos e químicos.

Então, como se não bastasse os obstáculos engendrados pela sobrevivência, o que rende tensão à animação, há a crítica a nossa falta de consciência ambiental, que faz com que o lixo seja um inimigo tão implacável no abate dos filhotes de tartaruga quanto as aves, como o gavião.

Equilibrando-se entre o dramático e o cômico, Hope alerta para a destruição silenciosa, contumaz e perversa da vida marítima.

"Este ano a mostra traz mais uma vez um olhar sobre temas como inclusão, respeito e cuidado ao meio ambiente e traz essa e reflexão sobre a pandemia e como nós nordestinos nos sentimos ao não poder realizar uma festa tão tradicional como o São João, por que isso refletiu também nas crianças, e é uma oportunidade de falar sobre esse tema com elas".; destacou Amannda Oliveira que assina a produção geral e a curadoria este ano. A produção executiva do projeto é assinada por Wilson Pessoa e a Associação Cultural ComunicArte.

A ação é gratuita e tem como objetivo criar novos públicos em uma cidade que não possui cinema.

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