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Escritora é vítima de ataques durante lançamento de livro pela internet.



Durante o lançamento de um livro pela internet, no Recife, uma escritora foi vítima de internautas que invadiram a transmissão virtual. Cida Pedrosa é autora de dez livros. O último, lançado na quinta-feira (3), foi "Estesia", uma reflexão sobre a pandemia da Covid-19, com 40 poesias e 40 fotografias tiradas no quarteirão da casa dela.

Segundo ela, os microfones de participantes do lançamento virtual foram cortados várias vezes. Os amigos de Cida Pedrosa tentaram contornar a situação, mas a transmissão precisou ser encerrada e uma nova foi criada.

A escritora registrou um boletim de ocorrência policial pela internet. Segundo Cida Pedrosa, os invasores foram violentos no ataque.

"Foi um ataque extremamente organizado. Eles conseguiram invadir a tela de apresentação com músicas violentas, rajada de metralhadora", disse. A renda arrecadada com os livros vai ser doada a uma organização não governamental em defesa das mulheres em situação de vulnerabilidade social.

"Todos conhecem minha posição de mulher feminista. Eu fui atacada, porque a renda ia para uma instituição brasileira de mulheres, uma instituição feminista. Eles são misóginos, antidemocráticos e eles não gostam de arte", afirmou.

Segundo Marcelo Labanca, integrante da Comissão de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE), as pessoas que praticaram o ataque podem ter cometido crimes.

"Aquilo que eles falam pode se constituir de crimes de opinião. A depender da fala pode haver injúria, difamação, se forem falas misóginas, se forem falas racistas. Pode ter havido crimes. Além disso, pode haver uma indenização do ponto de vista civil. A escritora pode gerar uma ação civil em relação àquelas pessoas que frustraram a reunião dela", declarou.

Fonte: G1

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