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Dirimbó apresenta amadurecimento musical com lançamento do disco Tempo Covarde em São Paulo

Produzido por Guilherme Assis (Barro), lançamento do álbum terá uma turnê com seis datas: 18/04, em Limeira; 19/04, em Piracicaba; 20/04, no Sesc Santo Amaro; 24/04, em São Paulo/Vila Madalena; 26/04, em Campinas; e 27/04, em São Paulo/Sumaré.

Foto: Rafael Cavalcanti

Com o acúmulo das experiências e inspirações vivenciadas nas turnês que fez até aqui, rodando o Brasil com dois EPs ("Dirimbó" - 2015 e"Deixar Tu Loks" - 2017), a banda Dirimbó (PE) apresenta seu amadurecimento musical trazendo seu primeiro disco autoral, batizado "Tempo Covarde". Para marcar o lançamento deste álbum, a Dirimbó vai realizar neste mês de abril, uma turnê com seis datas pelo estado de São Paulo: (1) Casa Laranja (Limeira), no dia 18; (2) Dolores (Piracicaba), no dia 19; (3) Sesc Santo Amaro (São Paulo), no dia 20; (4) Freak Estúdio (São Paulo); (4) Alma Coliving (Campinas), no dia 26; e Casa Híbrida (São Paulo), no dia 27. Depois, volta ao Recife para um lançamento na tua terra-natal, ainda sem data confirmada.


O título do disco, que também dá nome a uma faixa, é uma crítica aos tempos de covardias diárias que o povo brasileiro tem vivenciado dia-a-dia. “Tempo Covarde” conta com sete canções e tem a proposta de provocar um desprendimento das pesquisas de carimbó tradicional, integrando a musicalidade da banda a ritmos como cadence lypso, zouk, afrobeat, rock psicodélico, brega-funk (ritmo em ascenção capital pernambucana), batidas eletrônicas e experimentações de grooves. Em breve ele estará disponível para audição nas principais plataformas de streaming. 

Quem assina a produção musical é Guilherme Assis (Zelo Estúdio), que também co-produziu o último EP da Dirimbó e outros trabalhos como o mais recente disco de Barro (Somos - 2018), além de nomes como Mariana Aydar, Julia Konrad e Projeto Sal.

Durante seus quatro anos de existência, a Dirimbó teve a oportunidade de se desenvolver e amadurecer como banda independente, ao pegar a estrada e realizar turnês em outras regiões além de Pernambuco. Apenas de 2017 a 2018, o grupo fez mais de 35 shows em 25 cidades do País, permitindo aos integrantes um contato direto com outras referências da música brasileira e mundial. A vida na estrada, agregada à trajetória de cada integrante, trouxe resultados que ultrapassam o campo da pesquisa e experimentação, e hoje, passam a compor a identidade sonora do grupo.

Dentre tantas apresentações da Dirimbó nos últimos quatro anos, algumas merecem destaque: a presença da banda no Coquetel Molotov, no Festival de Inverno de Garanhuns, Circuito Sesc SP, no Meca Brennand e no Festival Lambateria, em Belém (PA). Quem já foi a um show dos meninos do Recife - que têm um pé no Pará - conhece bem a explosão rítmica e a catarse coletiva que é estar nesse ambiente impregnado de dança, suor, corpos em agito e celebração da liberdade. A energia devolvida da pista para os integrantes nutre e caracteriza o som da banda.

“O que eu percebo de maduro na Dirimbó é ver como a estrada influencia na forma de fazer música. Ela traz muita liga para o grupo, o que pra mim é um processo bem parecido com o que o artista Barro vivenciou, no quesito da troca de experiências com o público e diferentes lugares. Entender como a música funciona nesses espaços e fazer o disco pensando no show, buscando uma sonoridade contemporânea, que flerte com batidas eletrônicas, e, ao mesmo tempo, troque com ritmos regionais e latinos, tanto novos quanto antigos”, ressalta o produtor Guilherme Assis.

“O contato com a Dirimbó começou em 2017, no começo do Zelo Estúdio, e é algo que tem tudo a ver com minha pesquisa. O Zelo surgiu quando percebi que uma turma estava valorizando uma identidade minha na produção musical. A Dirimbó, por exemplo, foi uma das primeiras bandas que gravaram no estúdio e acompanhou esse processo desde o começo”, revela.

Segundo Rafa Lira, vocalista e guitarrista da banda, a Dirimbó teve o cuidado em apresentar neste disco um amadurecimento musical e o encontro com nosso jeito próprio de tocar. “Bebemos de várias fontes nesses anos e internalizamos diversas influências até chegarmos numa sonoridade expressiva. Nós somos a Dirimbó. Não nos preocupamos tanto com rótulo. Quando produzimos esse álbum, nos preocupamos em trazer influências da nossa trajetória pessoal, e trabalhá-las dentro da pegada do conjunto, que é fazer uma música para que as pessoas dancem e se expressem através do nosso swing e das nossas letras.”

“Tem música que estava na gaveta e foi refeita; que homenageiam pessoas especiais na história da banda, seja no comecinho ou nessa fase atual; histórias reais que nos contaram no caminho. Tudo isso misturado às nossas bagagens musicais pessoais. Vejo esse novo trabalho como um disco pra botar a banda definitivamente na estrada e dialogar ainda mais com novas culturas e outros sons”, explica Bruno Negromonte, baterista do grupo.

Deixa ela remexer, por exemplo, primeiro single do disco a ser lançado, nas palavras do guitarrista Vítor Pequeno, “é uma cumbia meio brega-funk recifense, e a gente flerta com umas coisas de reggaeton. Testamos uns timbres eletrônicos e texturas, algo que começamos a fazer no Deixar Tu Loks e agora estamos fazendo com mais coragem. A letra fala sobre duas coisas muito importantes: a primeira é algo muito expressivo pra gente que é da terra do Carnaval, que é a privatização do Carnaval de rua. E a segunda é ainda batendo na tecla da naturalização do assédio contra as mulheres ou qualquer minoria”.

Na opinião do baixista Mário Zappa, o que determinou esse mergulho na estética da Dirimbó, foi pegar a estrada Brasil afora. “Pessoas, paisagens, culturas, temperos e principalmente muitos sons que conhecemos no caminho, influenciaram esse novo trabalho. Tentamos encaixar tudo nesse material. As letras contam histórias e convidam todo mundo a vir conhecer Pernambuco. Cada lugar que a banda passou também é representado de alguma forma nesse novo álbum”.

Além disso, Vítor Pequeno conta que quem gosta da Dirimbó “pode, esperar um disco bailante, um show novo, turnê por várias cidades que a banda já passou e outras que não chegamos ainda, banquinha da banda, merchan e outras novidades”.

A Dirimbó é formada por Bruno Negromonte (baterista), Mário Zappa (baixista), Rafa Lira (vocalista e guitarrista) e Vítor Pequeno (guitarrista). O disco teve captações nos Estúdios Carranca e Zelo por Guilherme Assis e Vinicius Barros, que fez a mixagem das músicas. Para as gravações, Guilherme Assis assumiu os samples e beats e o músico Carlos Amarelo (Banda Marsa) as percussões.

CONFIRA A AGENDA DA TURNÊ TEMPO COVARDE, DA DIRIMBÓ:

17/04 - Entrevista pgm hora do rango. Radio Brasil Atual
18/04 - Casa Laranja (Limeira)
19/04 - Dolores (Piracicaba)
20/04 - Sesc Santo Amaro
24/04 - Freak Estúdio (São Paulo/Vila Madalena)
26/04 - Alma Coliving (Campinas)
27/04 - Casa Híbrida (São Paulo/Sumaré)

Rafa Lira

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