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Na semana do aniversário da Semana de Arte Moderna de 22, saiba tudo sobre o evento

Nesta semana, completam-se 95 anos da realização da primeira Semana de Arte Moderna que aconteceu no Brasil. A Semana de 22 foi um grande marco na nossa cultura. Ela representa uma ruptura nos nossos padrões culturais e a busca por uma linguagem nacional. Para esclarecer tudo sobre este assunto, Eduardo Baez, professor de História da Arte do Stoodi - startup que fornece videoaulas, plano de estudos e monitorias transmitidas ao vivo - responde a 5 perguntas sobre o tema:

1. O que foi e o que representa a Semana de Arte de 22?
A Semana de Arte de 22 foi um momento da cultura brasileira em que um grupo de artistas resolveu romper com a cultura vigente da época - a cultura da burguesia cafeeira, muito voltado para os valores estrangeiros. Ela representa a busca de uma representação cultural genuinamente brasileira. Naquela época, a cultura brasileira era fortemente influenciada pelo o que a gente chama de anglicismos (influência da Inglaterra) e o francesismos (influência da França) - que já havia acabado porque se tratava de um momento pós-Primeira Guerra Mundial.

2. Onde ela aconteceu?
A semana de 22 aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo com o intuito justamente de mostrar essa cultura brasileira, nacional, buscando a raiz dessa cultura das mais variadas formas de expressões: pintura, escultura, literatura, poesia e música. O Theatro Municipal não é escolhido à toa. Ele era o centro do encontro da burguesia do café, dessa cultura europeia. Tanto que ela causa escândalo. É algo que para cultura da época era realmente uma ruptura e uma nova forma de expressão cultural.

3. Podemos dizer que foi um sucesso? 

Ela vai ser um grande marco não na semana em si, mas nos seus desdobramentos posteriores da cultura. Por isso que ela acaba se tornando uma referência na cultura brasileira a partir, justamente, de 1922. A Semana de Arte Moderna foi fortemente rechaçada, as críticas nos jornais eram muito fortes, sobretudo pelos críticos de artes - um dos grandes críticos da Semana de 22 e do Modernismo foi o Monteiro Lobato, que vai considerar aquilo coisa de 5ª categoria e vai chamar de lixo.

4. Quais foram as influências para a Semana de Arte Moderna e para o modernismo no Brasil?
Um bom exemplo de influência é o próprio Pablo Picasso que vai influenciar o povo da Semana de Arte de 22. Podemos dizer que as vanguardas europeias de um modo geral, com o futurismo, o dadaísmo, o expressionismo e o cubismo, por exemplo. A gente também considera a Semana de Arte Moderna como um marco do início do modernismo, mas não podemos esquecer também de uma obra muito importante chamada “Paulicéia Desvairada”, de Mário de Andrade, que simboliza esse começo - também publicada em 1922.

5. Quem foram os destaques da semana e qual era o contexto histórico?
Nós temos o Mário de Andrade e o Oswald de Andrade - que foram os grandes idealizadores. Temos também Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti. Na música, o Heitor Villa Lobos. Além deles, temos a A Pagu (Patrícia Galvão), Anita Malfatti, Victor Brecheret e outros. Foi um momento de grande turbulência política no Brasil, a política do Café com Leite está vivendo uma crise, pois haviam outras oligarquias questionando o sistema político. Tanto que vai ter o Golpe de 30 para derrubar o Governo Oligárquico e as vanguardas chegam no Brasil, como o futurismo italiano, o cubismo, o expressionismo.

Sobre o StoodiLançado em 2013, o Stoodi é uma startup de educação a distância que oferece videoaulas, plano de estudos e monitorias transmitidas ao vivo. A plataforma nasceu com o objetivo de democratizar o acesso à educação no país, oferecendo uma plataforma intuitiva e acessível para facilitar a vida dos estudantes em fase pré-vestibular e de alunos do ensino médio que precisam de reforço escolar. A plataforma já conta com aproximadamente 220 mil cadastrados e 17,5 milhões de aulas assistidas, que correspondem a 3,2 milhões de horas de conteúdo.

Rômulo Madureira

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