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Turnê do Quarteto Olinda na Europa ganha documentário


Após dez anos, o Quarteto Olinda encerrou as suas atividades este ano, mas a sua história ficará eternizada no filme dirigido por Dan Ortega. Produzido pelo coletivo independente La Sangre Mamute Produções, Quanto Mais Longe Vou, Mais Perto Fico documenta a segunda turnê da banda realizada na Europa em 2013. O documentário está em fase de finalização e o lançamento está previsto para janeiro próximo.

Quanto mais longe vou, mais perto fico é um curta-metragem que trata de revelar o novo cenário cultural que se estabelece por todo o mundo, principalmente na Europa. O filme é uma mescla do registro das experiências dos quatro músicos que compõem a banda e entrevistas com pessoas que movimentam essa cena cultural, como professores, músicos e alunos. O grupo levou seu forró tocado com Rabeca com um repertório de canções próprias, de outros artistas da música nordestina, além de clássicos do Rei do Baião, Luiz Gonzaga e de Jackson do Pandeiro.

O filme conta parte da história do Quarteto, a preservação da história de artistas do forró, dando destaque às danças e aos bailarinos desta manifestação popular e, consequentemente, da música do estado de Pernambuco e do Brasil.
Nos anos 90, houve um grande crescimento da busca pela cultura brasileira nos países europeus, tendo como protagonista a Capoeira, dança, luta e expressão da cultura nacional. A partir dos anos 2000, tem início um processo de reconhecimento do Forró no Velho Continente através da dança e, nesse contexto, cria-se, então, um novo mercado de produção cultural. Esses elementos fazem deste filme um rico mapeamento da cultura popular brasileira no exterior.

A dança é o fio condutor dessa trajetória de peregrinação cultural do ritmo nordestino, homônima à musica que a acompanha. A sonoridade do forró possui temática ligada aos aspectos culturais e cotidianos da região do Nordeste do Brasil. A turnê teve início em Lisboa e, em seguida, percorreu cidades como Munique, Berlim, Colônia, Londres, Dublin, Paris, Nantes, Bordeaux, São Petersburgo, Genebra e Roma, entre outras.

Ainda em 2013 o diretor Daniel Ortega iniciou o processo de filmagem e investigação do Forró no Continente Europeu, tendo sido câmera e diretor do filme na turnê do Quarteto Olinda. Todo este processo ocorreu de forma intuitiva, porém o realizador já ensaiava um rascunho de método e formação estética para os acontecimentos inesperados durante toda a série apresentações da banda. O documentário procura contemplar e abordar de forma poética e, ao mesmo tempo, contestadora da prática da dança do Forró como material de mercado e de prazer na Europa.

ASCOM

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