Os termômetros marcavam 15º e a neblina que cobria a cidade das flores era um atrativo a mais na noite de ontem (19), do 25.º Festival de Inverno de Garanhuns, onde um misto de ritmos passaria pelo palco Mestre Dominguinhos.
Enquanto uma chuva de sombrinhas era vista na praça, a alegria, irreverência e os ritmos pernambucanos do Maestro Forró e da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério invadiam o palco.O grupo do bairro da Bomba do Hemetério, criado em 2002 pelo maestro trouxe ao palco o seu mais novo disco #CabeçanoMundo, com um repertório que ia do frevo legítimo ao forró.
Em seguida, a linguagem percussiva e os tambores de Lucas e Orquestra dos Prazeres subiu ao palco e aqueceu o público da praça.
A banda Mundo Livre S/A com trinta anos de carreira foi a terceira atração da noite a apresentou o seu mais novo registro gravado ao vivo Cartase.
Quem encerrou a noite e fez o melhor show do Festival de Inverno até o momento foi a cantora Pitty Leone, que voltou ao Festival de Inverno com a turnê do seu mais novo disco Sete Vidas. Nos bastidores a cantora conversou com a imprensa com muita sinceridade sobre o show que apresentaria no festival, sobre como lida com a morte e sobre o frio.
O nosso blog este na coletiva de imprensa e conversou com a cantora.
Pitty, o seu mais trabalho norteia muito temas como a vida e da morte. Como é que vc lida com isso e com essas transformações que as vezes nos pegam de surpresa? "Eu lido acho do jeito que consigo né, cada um lida do jeito que consegue. Meu jeito é escrever , me ajuda muito assim a pensar e me colocar sobre isso e a refletir na verdade sobre todas essas coisas. O disco pra mim é muito salvador nesse sentido ali no pensar e colocar todas essas coisas."
A repórter Paula Cavalcante do G1 perguntou a Pitty como ela avalia o rock brasileiro nos dias atuais ela respondeu: "Acho que estamos em um momento de transição. Que a gente tá descobrindo um novo lugar, um novo patamar. A gente está entendendo que de repente pode se comunicar de forma diferente, não só através da mídia de massa. Isso é muito importante, porque eu acho que você não fica tão preso a certas concessões, a certos rótulos de funcionamento. Para o rock, fica esquisito mesmo se adequar a uma onda que não é a dele. Acho isso muito válido e acho que a gente deve procurar dialogar dentro dessa esfera de comunicação independente, mas com um público cada vez maior. Acho isso importante também".
No palco a cantora roubou a cena e protagonizou o show mais bonito do Festival de Inverno até o momento. O show começou com o hit que dá nome ao disco Sete Vidas, depois vieram hits conhecidos do público e que marcaram a carreira de Pitty como Me adora, Máscara, Pulsos, Admirável chip novo,Equalize e Na sua estante todas cantadas com um coro de mais de 50 mil pessoas.
A cantora ainda surpreendeu o público ao cantar Asa Branca, homenageando Luiz Gonzaga.
Amannda Oliveira
A cantora ainda surpreendeu o público ao cantar Asa Branca, homenageando Luiz Gonzaga.
Amannda Oliveira
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