Eu sempre gostei muito de filmes baseados em fatos reais. Talvez por acreditar que se uma história mereceu virar filme , ela no mínimo deveria nos ensinar algo. Estes dias lembrando alguns dos filmes que vi e tenho visto , me veio a mente os ensinamentos de “Patch Adams – O Amor é Contagioso”de 1998. O filme que é desprezado pelo Patch da vida real, traz algumas falhas em relação a história original do personagem, mas o roteiro nos traz ensinamentos preciosos.
Na história original, o Patch perde o pai aos 16 anos e ao mesmo tempo a namorada. Não suportando as perdas sucessivas ele tenta se suicidar e resolve internar a si mesmo em uma clínica psiquiátrica. Mas , em um lugar onde "deveria e poderia" ter sido pra ele o fundo do poço ou o fim do caminho, ele entendeu que se cuidasse das pessoas, esqueceria os seus problemas. E quantas vezes nas nossas vidas nós só enxergamos os nossos problemas e não percebemos que muitas pessoas que as vezes estão ali do lado passam por situações muito piores?
Isso acontece conosco por que segundo o filme você " Está se concentrando no problema. Assim, não pode ver a solução. " Os hospitais estão repletos de pessoas doentes, muitas delas com câncer ou doenças tidas como terminais. Algumas delas estão com a imunidade baixa, a auto estima baixa e precisam de muito amor para passar por tudo aquilo. Os nossos médicos na sua grande maioria , esqueceram o por que de terem feito medicina e pior, esqueceram o quanto o bom humor e o amor podem fazer a diferença na vida dos seus pacientes.
Quantas vezes você já foi há um médico e ele mal olhou pra você? Quantas vezes alguém que você conhece foi há um hospital público e o médico o transferiu para outra cidade sem dó nem compaixão quando poderia tê-lo atendido? Sempre que conheço histórias desse tiopo me pergunto aonde aqueles médicos se perderam na caminhada do início da faculdade a frieza dos dias atuais. Como seria bom se os médicos de hoje lutassem para se formar e fossem apaixonados por salvar vidas e ajudar pessoas. O discurso de Patch Adams no filme emociona muito quando ele afirma ao Conselho de Medicina:
Vocês podem impedir minha formatura.
Podem me negar o título e a bata branca.
Mas não podem dominar meu espírito, nem evitar que eu aprenda.
Não podem me impedir de estudar
E eu me emocionei muito quando em meio ao discurso o personagem é interrompido pela entrada do grupo de pais e filhos que tiveram a dor de suas vidas amenizadas pela terapia do riso praticada por ele. A gratidão nos olhos deles, mostrava que o que ele tinha como convicção mudava vidas, reescrevia histórias.
Quantas vezes você foi um Patch Adams no seu trabalho? Quantas vezes você fez a diferença junto as pessoas que o cercam? Ou você é que para não ser "diferente" se subjugou e se perdeu de si mesmo? A maior arte da vida é lutar pelos nossos sonhos, sem perder a nós mesmos, por que esse é o nosso grande tesouro e quando o perdemos nossa alma se esvazia.
“A transferência é inevitável. Todo ser humano causa impacto nos outros.”
Patch Adams
Amannda Oliveira
0 Comentários