Foto: Enzo Giaquinto |
O candidato do PSOL ao governo de Pernambuco apresentou, nesta quinta-feira (25) suas propostas para a Cultura, durante debate promovido pela Coligação da Cultura Pernambuco, no bairro de Santo Amaro. O movimento, articulado inicialmente por meio das redes sociais, lançou um manifesto com demandas do setor, assinado por mais de mil artistas, intelectuais e produtores culturais.
Entre as propostas do candidato do PSOL está um Projeto de Lei do Executivo que determine a prioridade de pagamento dos cachês a artistas locais, e que os artista de cultura popular sejam os primeiros a receber. Zé Gomes se comprometeu ainda garantir participação local na curadoria e grade de atrações dos eventos regionais e municipais executados pelo Governo do Estado.
"A programação do Festival de Inverno de Garanhuns não é discutida com a população local, por exemplo. Esse diálogo tem que ser feito, garantindo participação popular através de uma curadoria loca", mencionou.
No governo do PSOL Conselho estadual de cultura atuará como elaborador e co-executor de politicas publicas de cultura e lazer. Sobre os quadros da Secretaria de Cultura, defendeu realização de concurso para a pasta. "Precisamos valorizar os servidores da Secretaria de Cultura e realizar concurso, inclusive para que ela possa funcionar com independência", afirmou.
O plano de governo do PSOL estabelece mais transparência na gestão e avaliação dos editais do Funcultura, além de garantir que a conte com curadoria com representação do meio artístico e da sociedade, com mandatos cíclicos. Para as iniciativas artísticas contempladas com verbas e prêmios em editais e concursos públicos serão estabelecidas contrapartida sociais .
"A verba de publicidade, que hoje é de R$ 100 milhões, poderia ser usada na TV Pernambuco. É um espaço, por excelência, que pode ser usado para a difundir a produção cultural atendida pelo Funcultura e pelo edital do audiovisual", acrescentou.
Zé Gomes fez uras críticas, ainda, ao estabelecimento de horário-limite para sambadas de maracatu pela Polícia Militar. "Obrigar um maracatu a terminar a uma hora da madrugada é uma grande violência. A lógica da festa é durar a noite toda. A construção da identidade cultural e a liberdade de culto precisam ser preservada. A lógica da segurança pública não pode limitar as manifestações culturais", disse.
O candidato, o primeiro a citar a Coligação da Cultura no debate televisivo da TV Jornal, dia 16, elogiou a iniciativa, comparando-a à articulação do movimento Direitos Urbanos. "Pernambuco mais uma vez é vanguarda em articulações que se iniciam nas redes sociais e pautam o debate político".
A candidata do PSOL ao Senado, Albanise Pires, e o candidato a deputado estadual Edilson Pires também acompanharam o debate.
ASCOM
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