A greve da polícia e o estado da copa

A polícia passou três dias de braços cruzados e isso foi o suficiente para mostrar que vivemos em uma terra onde os desonestos esperam ansiosos para oportunidade certa para roubar, depredar e clocar terror em pessoas honestas em todo o estado.
Da região metropolitana ao sertão, centenas de pessoas cometeram saques e arrastões a lojas e veículos. Na na BR-101 Norte, na altura do município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, as cenas eram tão absurdas que pareciam de filme. 
Lojas foram arrombadas, carros roubados e pessoas assassinadas em uma velocidade impressionante.

A falta de gestão pública para lidar com isso, fez com que o exército fosse chamado as pressas para lidar com o caos instalado no estado. A população dos honestos como sempre, virou prisioneira da violência e se enfurnou em casa , tentando se proteger da violência que pipocava nas cidades.

A greve da polícia, mostrou o quanto somos frágeis a violência gerada pela pobreza ou simplesmente pela oportunidade de pegar o que não se tem e que está ali , fácil a disposição das mãos.
A greve nos faz mais uma vez pensar no por que de se trazer para este país a Copa da Mundo. Já que não conseguimos se quer cuidar da casa no que diz respeito a quesitos básicos como saúde, educação e SEGURANÇA PÚBLICA.

Vamos comemorar o que com a copa? Vamos levar nossos ente queridos aos estádios na hora da doença? Ou vamos correr para os mesmos para fugir da violência? A polícia que faz a segurança de todos nós , é por vezes tão vítima deste caos quanto somos.

Policiais ganham pouco e se arriscam diariamente para combater o crime no estado e no país. Estes mesmos , muitas vezes , tem que morar ao lado dos bandidos e tem suas famílias expostas ao mal . O pior, é não poder se quer dar um tiro em um bandido, sem responder um longo processo por isso.

Somos todos ingredientes deste bolo de desorganização social e incompetência pública que vem se acumulando e se organizando para explodir. O que vimos em três dias, parece pouco em relação ao que ainda podemos ver.

Amannda Oliveira

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