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Em Pesqueira: Ministério Público discute ações de saúde pública

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através das promotoras de Justiça Jeanne Bezerra e Andréa Porto, promoveu, no Fórum de Pesqueira (Agreste), audiência pública com a finalidade de discutir as ações municipais de combate à propagação da Leishmaniose Visceral e de controle da população dos animais errantes. Para o debate foram convidados os secretários de Saúde, da Agricultura, representante da Vigilância Sanitária, da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro), do departamento de Epidemiologia, da Câmara de Vereadores, da ONG Grupo de Proteção aos Animais do município (GPAP), além do secretário dos Direitos dos Animais do Recife (Seda), Rodrigo Vidal.

Representando o procurador-geral de Justiça, o secretário geral do MPPE, Carlos Guerra, em seu discurso de abertura convocou a sociedade para se aproximar do Ministério Público que tem a finalidade de agir em defesa da sociedade. “As ações do MP nem sempre são satisfatórias para alguns, mas sempre visam à melhoria da coletividade. Para isso, precisamos da parceria da sociedade, das ONGs e do Poder Público para atuarmos com mais efetividade”, ressaltou Guerra.

“Estamos reunidos para discutir o papel fundamental de cada um, no correto controle, tratamento e na prevenção da Leishmaniose (mais conhecida como Calazar) e o mosquito-vetor, Palha; no cuidado com os animais doméstico e errantes; e na conscientização da população sobre as temáticas”, explicou a promotora de Justiça Andréa Porto.

Na ocasião, o secretário municipal de Saúde, Severiano Cavalcanti, reforçou que o governo tem o maior interesse em combater as doenças classificadas como negligenciadas, a exemplo da Leishmaniose. “Precisamos reformar o Código Sanitário do município quanto ao trato com os animais, por isso, reconheço a importância da reunião promovida pelo MPPE”, explica o secretário.
“Pesqueira tem 35 casos de Leishmaniose notificados, tratados e cadastrados no banco de dados nacional. Destes, 32 são indígenas. Ao se investigar os fatores do surto na região, descobriu-se que o desmatamento, o lixo e a estiagem foram mais responsáveis pela proliferação do mosquito transmissor do que os cães”, explicou a coordenadora do Departamento de Epidemiologia, Joyce Vasconcelos.

O problema dos animais abandonados — principalmente os cães, gatos, cavalos e jumentos — foi muito discutido, uma vez que os animais são responsáveis por transmissões de várias doenças e ao mesmo tempo são vítimas de maus tratos, violência e fome. A promotora Jeanne Bezerra reforçou a necessidade de haver maior controle sobre a população dos animais, através da castração dos animais errantes; como também uma sensibilização das Polícias Militar e Civil e da sociedade para o combate à violência contra os animais. Rodrigo Vidal, da Seda, convocou os presentes ao evento a desenvolver um olhar mais carinhoso para com os animais. “Defender os animais é defender os vulneráveis”, ressaltou.

Ao final dos debates, foi proposta a construção de um Termo de Ajuste de Conduta para o município de Pesqueira atuar no controle da população dos animais errantes, através da castração e da parceria com a ONG para os cuidados e adoção dos animais abandonados; na fiscalização dos maus tratos e violência contra os animais; e no desenvolvimento de campanha de conscientização. “Acreditamos na educação e conscientização como estratégia para diminuir o abandono e os maus tratos dos animais, como também nos cuidados com a saúde pública”, ressaltou a promotora Jeanne Bezerra.

Fonte: MPPE



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