Os motivos para esse estranhamento são
variados. Para os responsáveis por contratar novos funcionários em uma
empresa, a ausência de perfil em algum site de relacionamento pode
indicar que o candidato teve sua conta deletada por desrespeitar as
regras internas, ou que a pessoa tem informações relevantes a esconder,
informa uma reportagem do Daily Mail.
Esse é um fato levado em consideração
por equipes de Recursos Humanos, que investigam a presença online dos
candidatos e podem até rejeitá-los – dependendo do conteúdo encontrado
em sites como o Facebook, aponta uma pesquisa da empresa de
monitoramento Reppler. É também possível que a pessoa ganhe
pontos para uma eventual contratação – através do feedback positivo de
amigos e antigos chefes, por exemplo, revela a Forbes.
De uma maneira parecida, psicólogos veem
a existência de perfis na web como indicativo de uma vida social ativa e
saudável. Por outro lado, interações predominantemente virtuais podem
reforçar sentimentos de ansiedade no mundo real, offline. Essa exclusão
digital, para alguns especialistas, poderia também significar a falta de
amigos no mundo real, de acordo com o Mashable.
A revista alemã Der Taggspiegel chegou
ao extremo de fazer analogia ao fato de que dois autores de massacres
recentes – Anders Behring Breivik, responsável pelas mortes de 77
pessoas ano passado na Noruega, e James Holmes, que matou 12 pessoas em
um cinema nos Estados Unidos – tinham este aspecto em comum: a ausência
de participação em redes sociais. Eles mantinham perfis em sites
obscuros, porém nenhuma página levava seu nome nas maiores redes
sociais.
Tantas alegações deixam ao menos uma
pergunta: a suspeita que recai sobre “fantasmas virtuais” é suficiente
para negar uma vaga de emprego, ou acreditar que esse é um passo para a
formação de um psicopata? Dificilmente. Porém, conforme as redes sociais
se tornam mais difundidas – e se mostram duradouras, em vez de
passageiras – é inevitável que alguém sem perfil no Facebook, por
exemplo, tenha de arcar, frequentemente, com a pergunta, de
empregadores, psicólogos, amigos: “por quê?”.
Fonte: Portal Terra
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