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CUT-PE promove ato público nesta terça contra decreto presidencial

 
A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) convoca os seus sindicatos filiados, os movimentos sociais e a população em geral para participar de ato público a ser realizado na terça-feira (31), às 09h, na Praça da Independência/Recife. Em pauta: a publicação do decreto governamental 7777 que prevê a substituição dos servidores públicos federais em greve por servidores estaduais e municipais. 

De acordo com o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, a  medida imposta pelo Governo Federal atropela o processo de diálogo e vai na contramão da legitimidade de uma paralisação em defesa de salários e direitos. Ele lembrou inclusive que a greve é um direito constitucional.  

Veras  assinalou que o confronto que se agrava após mais de um mês de paralisação, só se estabeleceu pela incompreensão do governo federal que, movido pela lógica do desmedido “ajuste fiscal”, arrocha salários e investimentos, medidas incompatíveis com os compromissos assumidos e com as necessidades da sociedade brasileira, em especial, dos servidores públicos.
“ Somos contrários, porque a substituição de servidores com atribuições diferenciadas entre os entes federados é inaceitável e pode implicar em inúmeros – e graves – prejuízos para a sociedade”, ressaltou. 

O sindicalista disse, ainda, que a utilização de pessoal não qualificado para exercer funções como a da vigilância sanitária e de fronteiras, de portos e aeroportos, que são atribuições da União, ainda que de forma transitória, pode colocar em risco a saúde, a segurança da população e a própria soberania nacional. Além de abrir um perigoso precedente.

O presidente da CUT-PE voltou a defender um espaço permanente de diálogo, que vinha sido construído com o compromisso e o protagonismo da Central, através da regulamentação da Convenção 151 da OIT, que estabelece a negociação coletiva no serviço público.

“Reiteramos a importância da implantação de uma política de aumento real e valorização das carreiras para a melhoria crescente da qualidade do serviço público prestado à população e para o próprio desenvolvimento nacional, com distribuição de renda e garantia de direitos. Reprimir manifestações legítimas é aplicar o projeto que nós derrotamos nas urnas. O caminho é o diálogo, a negociação e o acordo, para resolvermos os conflitos. Sem isso, a greve é a única saída”, enfatizou.

Colaboração: Carlos Veras- Presidente da CUT/PE

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