Advertisement

Facebook

Potencial do turismo rural é destaque na programação da 6ª Festa do Cavalo.


No mundo dos negócios, dizem que “o cliente sempre tem razão” e satisfazê-lo requer mais do que ter paciência, ser bom ouvinte, ágil, articulado, etc. Afinal, cada pessoa tem desejos e necessidades diferentes e, para atender seus anseios, é preciso agradar todos os sentidos (visão, audição. olfato, paladar, tato e os sentimentos). E quando se fala em atividade turística esta questão é mais do que latente e os mínimos detalhes são exigidos, uma vez que o mercado turístico é bastante promissor e está em franco desenvolvimento em todo mundo, frente ao período pré-olímpico e de copa do mundo. “O incremento dos negócios turísticos justifiquem a necessidade de ampliar a infra-estrutura de serviços no setor. Para se ter uma ideia, em 2011, Pernambuco teve cerca de cinco milhões de turistas. Este número representa a metade da população pernambucana, com esses dados se vê a necessidade da ampliação da infraestrutura de serviços”, comenta a turismóloga Ednéia Nemésio, especialista em Planejamento e Gestão do Turismo, que discutirá esta questão nas palestras “Turismo: Oportunidade no Mercado de Trabalho e “Satisfazer e encantar clientes” com Ednéia Nemésio, que estão sendo apresentadas no Espaço Senar da 6ª Festa do Cavalo, no Parque Luiz Ignácio, em Gravatá, nesta sexta (01) e no sábado (02), respectivamente.

Falando assim parece fácil treinar e preparar profissionais para o serviço turístico, contudo, é necessário mais do que um bom treinamento, prestar atenção, estar empenhado, ser hábil, entre outros cuidados importantes. Para lidar com o público tudo isto é importante. E ainda é necessário observar o empenho dos alunos e um profissional competente à frente. “Deve-se lembrar, contudo, que nada disto fará com que o atendimento turístico seja perfeito, porque perfeição é utopia. O importante é que seja um profissional, responsável, ético, simpático, paciente, que tenha uma boa  postura e comportamento adequado, e principalmente que goste de trabalhar com pessoas”, frisa.

Gastronomia em foco – Quando se fala em turismo, a relação do local que se visita com a gastronomia é imediata, pois logo vem a nossa cabeça qual a gastronomia típica daquele lugar, é como se ela já estivesse inserida no pacote turístico, faz parte da identidade daquele povo , daquele lugar. “A gastronomia se torna um atrativo turístico, a partir do momento que ela tem uma identidade. Através dela, sentimos e visualizamos tradições que não são ditas e, de alguma forma, ela se torna memória e opera fortemente no imaginário das pessoas”, diz a turismóloga Maria Anastácia Vasconcelos, especialista em gastronomia rural e instrutora do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), que debateu “Importância da Gastronomia no Contexto Turístico” e “A Gastronomia como Patrimônio Imaterial”, durante a programação da 6ª Festa do Cavalo.

Para ela, a gastronomia pode auxiliar para o incremento dos negócios turísticos. Mas, é importante tomar algumas medidas que ajudem ao sucesso como estudar a viabilidade do negócio (primeiro passo), conhecer a história da gastronomia típica e fazer um resgate. A partir disto, deve-se passar ao processo de divulgação, lembrando-se, claro, que todos os municípios, por menores que sejam, sempre têm algo de diferencial e, dentro deste contexto, a gastronomia também pode ser um diferencial e se tornar um atrativo turístico. “Temos uma gastronomia muito rica e diversificada, uma cultura ímpar. Considerando a amplitude do nosso país, a culinária apresenta comidas de todos os gêneros, espécies ou tipos praticados na arte de cozinhar universal: crus, grelhados, guisados, cozidos, cortidos ao sol, apimentados, feitos em banho maria, quentes, frios, flambados, desidratados, entre outros”, pontua. 

E destacar o que mais se sobressai em nossa culinária é naturalmente a melhor receita. São esses ingredientes e esta cultura muito peculiar que nos destacam mais em termos turísticos. “Na gastronomia, temos vários ingredientes e pratos característicos da nossa cultura. Os pratos considerados nossos são: a feijoada e todos os pratos derivados da mandioca, a exemplo da tapioca de Olinda, que é considerada patrimônio imaterial; o bolo Souza Leão, que vai a puba como ingrediente; também o bolo de rolo, que é o mais famoso do nosso estado; e o vinho do Vale do São Francisco hoje já é um grande atrativo turístico. Mas, temos ainda o acarajé, na Bahia, entre outros pratos típicos da região”, destaca.

Pela importância         que tem hoje no contexto cultural, é necessário discutir todas as vertentes da gastronomia, especialmente porque hoje conquista este patamar de patrimônio imaterial. “A gastronomia se torna patrimônio imaterial, quando são preservados os modos de fazer, os rituais que estão por trás daquele prato, quando é através dela que se pode ver o modo de vida de um povo, suas tradições e também o caráter social”, ressalta a especialista que lembra a sua importância para auxiliar na cultura. Neste sentido é importante lembrar que a gastronomia envolve muito mais do que simplesmente o ato de se alimentar e isto ela discutiu em suas palestras.

Serviço:
6ª Festa do Cavalo
Parque Luiz Ignácio - KM 82, BR-232, Gravatá
Data: Até domingo (03/06)
Horário: 9h às 18h
Realização Faepe
Contato: (81) 3312-8500
Informações: www.festadocavalo.com

Postar um comentário

0 Comentários

Comments

...