Ele nasceu em Olinda e como compositor e cantor mudou a cena da música pernambucana. Foi um dos maiores colaboradores do movimento manguebeat uma mistura de rock, maracatu e rap. E há exatos 15 anos deixava de maneira brusca os palcos da vida pra ficar com o seu nome imortalizado na história da nossa música.Estou falando de Francisco de Assis França, o Chico Science.
A trajetória de Chico chama a atenção pela velocidade com que cresceu na cena musical e ao mesmo tempo, com a brevidade da sua carreira, ceifada por uma morte súbita.
Chico Science participava de grupos de dança e hip hop em Pernambuco no início dos anos 1980. No final da década integrou algumas bandas de música como Orla Orbe e Loustal, inspiradas na música soul, no funk e no hip hop. A fusão com os ritmos nordestinos, principalmente o maracatu, veio em 1991, quando Science entrou em contato com o bloco afro Lamento Negro, de Peixinhos, subúrbio de Olinda. Misturou o ritmo da percussão com o som de sua antiga banda e formou o Nação Zumbi. A partir daí o grupo começou a se apresentar no Recife e em Olinda e iniciou o "movimento" mangue beat, com direito a manifesto ("Caranguejos com Cérebro", de Fred 04, da Mundo Livre S/A).
Em 1993 lançou o primeiro disco, "Da Lama ao Caos" que projetou a banda nacionalmente. O segundo,"Afrociberdelia", lançado nos festivais de Montreux, na Suíça, e JVC, em Nova York e que chegou ao 5º lugar na World Music Charts Europa.
Chico Science era um apaixonado pela cultura pernambucana e sem sombra de dúvidas, a sua curta mas valiosa passagem por ela , mudou até os dias atuais a cena musical encontrada em Pernambuco.
Amannda Oliveira
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