Criado com o objetivo de
divulgar a música pernambucana principalmente, o Grupo Acaiaca o faz
através das mãos do renomado Marco César ao bandolim, de Ricardo Freitas no
violão de sete cordas, de João Paulo Albertim ao cavaquinho e também do
percussionista João Victor Gonçalves.
Dois pontos merecem destaque dentro do que se propõe
o Grupo Acaiaca à partir de sua formação instrumental denominada
"regional de choro" ou simplesmente "regional" e que,
segundo alguns teóricos, é advinda das chamadas "bandas de
pau-e-cordas" que tocavam pelas ruas do Recife nas festividades de momo;
quais sejam: o repertório, que pra já é permeado por gêneros pernambucanos como
o baião, o frevo e o maracatu, e quiçá, mesmo sendo objeto de controversas
opiniões acerca de sua origem, o próprio choro; e, naturalmente, o caráter
linguístíco musical da execução das peças. Característica linguística essa que
contém talvez uma das mais significativas qualidades no que concerne à riqueza
da música de Pernambuco, que é o seu sotaque, a sua forma própria de
expressar-se, seu típico fraseado musical.
A defesa de toda essa riqueza musical é feita com
muita propriedade pelo Grupo Acaiaca por ter à sua frente, como solista,
um músico que contribuiu e ainda contribui, no fortalecimento e preservação da
música pernambucana, não somente nas características acima apontadas, mas
também em diversos aspectos musicais e extra-musicais, como por exemplo a área
educacional, formando instrumentistas, fornecendo-lhes subsídios necessários à
reprodução e ao desenvolvimento da nossa música, da nossa cultura. Tão verdade
é isso que a grande maioria dos instrumentistas de cordas de pernambuco, que
atuam nos principais grupos que executam os gêneros mencionados anteriormente,
estiveram direta ou inderatamente sob sua orientação.
O resultado de toda essa bagagem é uma música
tradicional que se mostra bastante viva e que é executada com o mais alto nível
musical, enfatizando o quão forte e expressiva é nossa cultura.
Arcanjos Produções
0 Comentários