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Homenagens e Protestos marcam a noite do Projeto Sextas -feiras culturais na noite que homenageou as artes cênicas


Foto: Amannda Oliveira

A noite de ontem (08), na Câmara de Vereadores de Arcoverde, foi marcada pela homenagem ao seguimento das artes cênicas e ao protesto dos artistas ao pouco investimento por parte dos órgãos públicos a cultura.

Presentes para receber o troféu em homenagem ao trabalho que vem desenvolvendo estavam a Tropa do Balacobaco, ETEARC, Grupo Mandalá e Teatro de Retalhos. Como pessoas físicas receberam homenagem especial Paulo de Oliveira Lima e o saudoso Geraldo Barros.
Um evento com a presença de poucos políticos. Presentes apenas o Presidente Interino da Câmara de Vereadores de Arcoverde Jairo Freire, que presidiu a sessão solene, o vereador Luciano Pacheco, a vereadora Célia Cardoso.
O primeiro a receber sua homenagem foi o Grupo ETEARC, onde Allan Shimitty, relatou a história do grupo e a construção do seguimento teatral em Arcoverde lembrando emocionado de Geraldo Barros. 
Na seqüência, o Presidente do Coletivo Cultural de Arcoverde - COCAR, Kleber Araújo, saudou os homenageados e fez considerações a câmara sobre a retomada da construção do Teatro Municipal Geraldo Barros, sobre a inserção da cidade de Arcoverde no Sistema Nacional de Cultura e apresentou um abaixo assinado a ser encaminhado à Secretaria Estadual de Cultura, reivindicando a realização do Festival Pernambuco Nação Cultural no Sertão do Moxotó.

Foto: Amannda Oliveira

O segundo homenageado da noite foi a Tropa do Balacobaco, representada por Romualdo Freitas que recebeu o troféu das mãos de Mara Rosileide, representante do Conselho Tutelar. Com um duro discurso o artista , criticou a administração pública da cidade que não cumpre uma lei de 1989 que criava a época um conselho municipal de cultura e destinava 1% de toda arrecadação municipal para investimento na área. Muito aplaudido pelos presentes, ele ainda mencionou a dura vida daqueles que vivem de arte na cidade e mencionou a vergonha que é uma cidade repleta de artistas como Arcoverde não incentivar e apoiar e tão pouco ajudar com recursos os artistas da terra. 
Foto: Amannda Oliveira
O Vereador Luciano Pacheco relembrou aos presentes a história da criação das sextas-feiras culturais, ressaltando a importância de homenagear os fazedores de cultura que nunca haviam sido muitas vezes citados em homenagens. Se dirigiu a Romualdo e lembrou-lhe que o mesmo foi secretário de cultura durante 06 anos do governo de Julião Guerra e que não havia feito nada pela cultura e disse que não é fácil desenvolver ações quando a última palavra não é a sua. O vereador comprometeu-se a arregimentar uma comissão de parlamentares a participar de uma audiência com o Secretario Estadual de Cultura para encaminhar a reivindicação para que se realize no Sertão do Moxotó o Festival Pernambuco Nação Cultural. 
Foto: Amannda Oliveira
A vereadora Célia Cardoso mencionou o envio, por iniciativa sua, de requerimento ao Poder Executivo solicitando a realização de audiência com a classe artística para tratar do Sistema Nacional de Cultura. Comentou que o prefeito José Cavalcanti durante sua 1.ª campanha a prefeitura , havia prometida a ex-prefeita Rosa Barros terminar o teatro e entregá-lo a cidade. Citou ainda a ausência constante de representantes da prefeitura de Arcoverde a eventos de cultura e disse que a cidade de Arcoverde devido a política, tem o hábito de enterrar em vida pessoas da cidade e citou Paulinho Leite e Beto da Super Oara. Que não se imaginava um são joão sem Paulinho Leite e o Coco Raízes.
O Vereador Jairo Freire, ao fazer as considerações finais, comprometeu-se a abrir imediatamente as discussões no Legislativo para a criação do Conselho Municipal de Políticas Culturais.
 
Foto: Amannda Oliveira

Ney Mendes que representou o grupo Mandalá de Teatro, enfatizou que os grupos que atuam na Estação da Cultural enfrentam sérios problemas estruturais para manter o único espaço público utilizado pela cultura arcoverdense, que é o prédio da antiga estação de trem. Disse que a cultura agradece as homenagens , mas que precisa acima de tudo de apoio.

O MST - Movimento dos Sem Teatro, subiu à tribuna representado pelo ator Eder Lopes, que, após ler o manifesto do movimento, convidou todos a participar do “1.º Assentamento”, evento cultural que ocorrerá, no próximo dia 16 de julho, a partir das 16:00h, em frente à construção destinada ao Teatro de Arcoverde.
Carol Viana falou em nome do Teatro de Retalhos e provocou os vereadores presentes a convocar de imediato uma sessão para discutir a retoma da construção do Teatro Geraldo Barros. Depois foi convidado o ator, diretor e dramaturgo Paulo de Oliveira Lima, que agradecendo a homenagem, citou seus passos no segmento das artes cênicas arcoverdense, que teve ponto de partida na década de 70.
Lulinha Leite, contemporâneo de Geraldo Barros na atuação teatral, foi convidado para receber em nome desse o troféu comemorativo. Sobre a pessoa de Geraldo explanou com muita emoção Romualdo Freitas.

O Maestro Eduardo Espinhara, que relatou os trabalho desenvolvidos pelo Coral Vozes de Arcoverde, mantido pelo SESC, e que atualmente vem apresentando o espetáculo Taí, Vozes do Sertão, onde se conta a história da cantora Carmem Miranda.

O evento contou com a presença de várias pessoas ligadas ao teatro e a Jabel da Lira Cultura que muito tem feito pela valorização da cultura.A próxima homenagem do Projeto Sextas-Feiras Culturais será direcionado às artes plásticas e ao artesanato.

Condirações da blogueira:

Que Arcoverde  é uma terra onde as mais diversas formas de arte podem ser encontradas ninguém discorda, o que ninguém consegue entender é por que nenhum dos prefeitos que passaram pela prefeitura nos últimos 20 anos não fez nada em prol da cultura .

O prefeito José Cavalcanti é ao meu ver o melhor prefeito que a cidade teve nos últimos anos , basta andar pelas ruas pra se perceber isso, mas nada fez pela cultura.

A ex-prefeita Rosa Barros, nada fez pela cultura e conseguiu deixar um cinema fechado e um teatro inacabado. Hoje morando em outra cidade, aparece andando pelas ruas assinando um abaixo assinado para que terminem o que ela começou e não terminou.

Erivânia Câmelo e Julião Guerra nada fizeram pela cultura e ainda levaram a cidade as manchetes nacionais com escândalos.

O Coletivo Cultural de Arcoverde- COCAR, deveria ser convidado pelo poder público a se tornar parte de uma secretaria de cultura, já que realiza sem recursos ações de resgate não só de cultura , mas de vida de diversos artistas arcoverdenses, trazendo a muitos a homenagem e o devido respeito que merecem ter em vida, coisa que a prefeitura deveria fazer.

Muitos candidatos a prefeito (a), tem surgido e ressurgido pelas ruas de Arcoverde, muitos já sentaram na cadeira do executivo e nada fizeram pela cultura na cidade. Muitos ainda nos envergonharam a nível nacional com manchetes de roubo e eu vejo com muita tristeza que muitos de nós parecem ter esquecido disso.

Cidadão discursos são levados pelo vento , mas ações criam raízes na nossa história. Analise os candidatos que baterem a sua porta, veja o que fizeram pela sua cidade, pela sua família, pela cultura e apenas depois disso decida em quem votar na eleição de 2012.

A Câmara de Vereadores de Arcoverde faço um pedido. O Coletivo Cultural de Arcoverde - COCAR, tem desenvolvido um belíssimo trabalho voltado a cultura. Tem resgatado a história da cultura e a vida das pessoas que a construíram e tudo isso sem recursos e sem um espaço próprio.  

Este blog que tem como bandeira principal a divulgação e valorização da cultura, vem sugerir da Casa James Pacheco que doe ao COCAR uma casa para que esta seja transformada em sede deste instituição que tem merecido nossos aplausos para que a mesma possa ampliar suas ações e manter um trabalho ainda maior. 

Amannda Oliveira

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