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Literatura, música, lazer e bons negócios ecoaram na terceira edição da Feira do Vale do São Francisco


A temperatura foi boa em Petrolina nos quatro dias da terceira edição da Feira do Livro do Vale do São Francisco, realizada neste final de semana (sábado, dia 04, a domingo, 07), no Centro de Convenções Nilo Coelho, que reuniu cerca de 24 mil visitantes e  mobilizou de mais de 100 escolas de Petrolina e região. O evento, que movimentou quase 80 atividades diversificadas, norteadas pelo tema “Quem lê, viaja e aprende”, fechou 2016 a agenda com o autor português Luís Serguilha, que recebeu o Prêmio de Literatura Poeta Júlio Brandão pelo seu livro de prosa “Entre nós” (2000), e realiza palestra “A língua: Um aparelho de poder”, além de outros nomes de peso que integraram a agenda da Feira como a escritora pernambucana residente em São Paulo Micheliny Verunschk (que acaba tirar das prensas o seu “Aqui, no coração do inferno”), o curitibano Luís Henrique Pellanda que lança o novo trabalho “Detetive à Deriva”, o contista sergiano Antonio Carlos Viana de “Jeito de matar lagartas” e o escritor Fernando Monteiro, um dos grandes nomes da literatura brasileira, que será um dos homenageados da Bienal do Livro de Pernambuco em 2017.

Com o maior volume de ações do projeto, a Feira do Livro do Vale do São Francisco contou com uma ampla agenda de publicações na Plataforma de Lançamentos, uma das iniciativas de maior impacto, que foi coordenada pelo parceiro e poeta de Juazeiro João Gilberto Guimarães Sobrinho. Este ano, o ambiente contou com quase 40 lançamentos e bate papos com escritores da região, que tiveram oportunidade de promover suas publicações, como: ANNONACEAE de Jackson Roberto Guedes, Raimundo Gonçalves e Ana Paula de Oliveira; Cordel: Vida e arte de João Pernambuco de Valdir  Lemos; Umbuzeiro do pesquisador Marcos Antonio Drumond da Embrapa; Sertanejos de Petrolina de Inácio Nogueira (in memorian), lançado pelo seu filho Newton Pionorio, do IF Sertão; Blog do Noblat: Estilo e autoria em jornalismo de Teresa Leonel; Pequeno Príncipe em cordel de Josué Limeira; Para uma antropologia do sertão de Elisabet Moreira; Quarto Escuro de Anielson Ribeiro; Moinho de Ruth Maciel; Uma aventura de bike ao fim do mundo do professor Marcelo Ribeiro da Univasf Petrolina.

O olha da literatura em suas várias formas e gêneros foi marcante nas mais diversas ambiências da iniciativa, que é uma co-realização pela Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Educação, da Cia. de Eventos e da Ideação. A Feira do Livro do Vale do São Francisco encerrou com palestras, lançamentos, contação de histórias, bate papos, apresentações artísticas e culturais, atividades de formação, além de oficinas e ambientação para o público infantil, entre outra novidades que ocuparam o Centro de Convenções Senador Nilo Coelho. A relação da cultura, leitura e tradições também esteve interligada através de parceria com o Museu Cais do Sertão, com a exibição dos curtas metragens “Lua” de Paulo Caldas e “4Kordel” de Lírio Ferreira, produzidos pelos cineastas para o acervo exclusivo do espaço cultural do estado.

Esforços agregados ainda contaram com o Coletivo Lá no Meu Sertão Caboclo Lê, Iphan e outras organizações com ações importantes que integraram, por exemplo, a literatura de cordel em exposição, curso e discussões com a pesquisadora Maria Alice Amorim, a historiadora Juliana da Mata Cunha do IPHAN, a editora Ana Ferraz da Coqueiro e a professora Rosilene Alves de Melo da Universidade Federal de Campina Grande/PB. As articulações form as mais variadas possíveis nesta edição que envolveu, inclusive, oficina sobre "Educação Patrimonial por meio de Inventários Participativos", trazendo para o âmbito da entidade pública esta enfática questão para docentes da região. “A educação patrimonial possibilita o estabelecimento de um diálogo social que prevê não só a preservação do patrimônio cultural, mas o usufruto justo, responsável e compartilhado dos bens patrimonializados na sociedade. Assegura que as pessoas compreendam seus direitos e deveres para com os bens que estimam como patrimônio e que pretendem legar às gerações futuras”, destaca a pesquisadora Juliana da Mata Cunha do IPHAN, que comandou a proposta.

Com o apoio do IF Sertão, Embrapa, Sebrae Petrolina, Museu Cais do Sertão, Iphan, Univasf, Cia. do Lazer e ANL – Associação Nacional das Livrarias, o evento proporcionou uma vasta pauta gratuita para todos os públicos, o público infantil que contará nesta terceira edição, com uma agenda diferenciada proporcionada pela “Brincadeiras com O Patinho Tuga” da Abóbora Produções que animaram a criançada com brincadeiras diversas, muita musica e diversão, e Bienalzinha, através de parceria com a Cia. do Lazer, que prestou atendimento à duas mil e quatrocentas crianças, ao longo dos quatro dias de evento, com a participação ainda de 35 professores na atividade de formação 'Movimentar é bom!'.

Nesta terceira edição, foi possível marcar a força do mercado literário brasileiro, regional e pernambucano em um trabalho conjunto com editoras como Companhia das letras, Cortez, Paulus e Editora girassol. “Todos se integram ao projeto de várias formas apostando nas possibilidades da iniciativa que realizamos há três anos com a Prefeitura de Petrolina, assim como os parceiros que se superaram nas propostas de conteúdo desta edição. Movimentamos uma ampla programação voltada à disseminação da cultura, literatura, educação e do mercado livreiro, com a meta de contribuir para o avanço da economia criativa da região. Contudo, ainda incentivamos o potencial de produtores e empreendedores culturais de várias formas, em diversos setores como o gastronômico, o artesanato, artístico e literário”, enfatiza Rogério Robalinho, diretor da Cia.de Eventos, idealizador e empreendedor cultural da Feira do Livro do Vale do São Francisco.

Trazendo a cada ano novidades diferenciadas que se agregam à proposta, a Feira do Livro do Vale do São Francisco tem se comprovado como um grande incentivador da educação e do saber através da cultura e da leitura. Para se ter uma ideia da importância deste projeto, foram reunidos cerca de 25 expositores nacionais e locais que se aproximaram que geraram uma margem de mais de 600 mil em geração de negócios, aproximadamente. Uma aposta que proporcionou a aquisição de 280 mil publicações, que contribuirão para ecoar o conhecimento pela região.

Ivelise Buarque

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