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Lições de uma recepção.


Eu sempre fui apaixonada por imagens como esta à cima, por que eu vejo a vida assim, uma estrada com paradas, curvas , tropeços, buracos , mas algo que nos permite sempre olhar mais ao redor, olhar o outro.

Hoje em mais uma saga de combate a chikungunya, fui a um espaço de saúde público e tive que esperar que as dezenas de pessoas que haviam chegado antes de mim fossem atendidas, claro. Quem me conhece , sabe que esperar não é lá um dos meus dons, mas eu precisava falar com o médico, então fiquei em pé num canto da parede e observei.

De uma sala no corredor que eu estava vinha uma senhora sorridente que me olhou e perguntou o que me levou ali, e eu respondi, a chikungunya. Ela balançou a cabeça e me disse que o marido estava doente há 4 meses dizendo que ele sofre muito para trabalhar por que é idoso. Eu notei que ela também mancava e perguntei se também tinha a doença, ela sorriu e me disse que o que a levou ali foi um AVC - Acidente Vascular Cerebral). Segundo ela , o AVC ocorrido há 5 anos , a deixou sem falar e sem andar.E hoje ela estava falando e andando após muita fisioterapia e fé. Eu olhei para os meus pés inchados e tive vergonha de reclamar tanto por não ficar boa e ver uma senhora que passou 05 anos para voltar a andar e falar vitoriosa e cheia de fé. Ela me contou que a fé a salvou. E eu acredito nisso.Nos despedimos e lá fiquei em matutando sobre a senhorinha.

Quando eu já estava bem perto de ser atendida, entrou um jovem com um saquinho que continha biscoitos e lanche para a mãe que esperava para fazer raio X. Ele entrou o lanche cumprimentou a todos e saiu. As mulheres ao redor perguntaram quem era o rapaz e ela disse meu filho. Meu anjo , ele é autista e se não fosse ela a me socorrer quando passei mal e cai eu teria morrido. E ela contou as barreiras que ele quebrou para chamar alguém para ajudá-la.

Eu fui atendida e bem atendida na Santa Ramos, em Arcoverde, mas sai de lá com muito mais do que um raio X e um receituário, sai de lá encantada com a vida que não se cansa de me ensinar. 

Amannda Oliveira

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