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Seis espetáculos pernambucanos na pauta do Arraial Ariano Suassuna

Imagem de Era uma vez um rio / Foto:Diego Melo

A Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) tornam público o resultado da Convocatória de Ocupação de Pautas do Teatro Arraial Ariano Suassuna para o primeiro semestre de 2015. As propostas foram analisadas por uma comissão, formada por representantes do governo e da sociedade civil.

Os selecionados deverão comparecer à uma reunião na próxima quarta-feira (11), às 10h, no referido Teatro, para entrega dos documentos solicitados na Convocatória. Para Márcia Souto, presidente da Fundarpe, a Convocatória tem chegado cada vez mais aos que fazem parte das artes cênicas de Pernambuco. “Este mecanismo tem sido cada vez mais acessado pelos profissionais da área cênica e o resultado é positivo para toda a cadeia, que sai fortalecida com a fruição dos espetáculos e com a formação de plateias”.

De acordo com Raissy Morais, coordenadora de Artes Cênicas da Secult-PE, o processo de avaliação é feito por uma comissão paritária entre governo e sociedade civil. “Desta vez tivemos indicação apenas da setorial de Dança, pois as setoriais de Teatro e Circo não indicaram representantes, mas é importante salientar que essa ausência não compromete o processo avaliativo. A comissão se reuniu nos dias 3 e 4 de março e na ocasião selecionamos as propostas classificadas com base nos critérios estabelecidos na convocatória”, explica Raissy Morais.

Para mais informações, os interessados devem entrar em contato através do e-mail teatroarraial1@gmail.com ou pelo telefone (81) 3184 3057.

Confira abaixo os espetáculos selecionados:

ERA UMA VEZ UM RIO – Cênicas Cia. de Repertório. 
Nesta comovente história de amor à natureza, Guto, o voltar adulto à sua cidade natal, fica surpreso com a degradação em que seu velho amigo, o Rio, se encontra. É desse encontro que surge uma incrível viagem no tempo, onde, através da memória, ele irá reviver os passos deste amor, desde sua infância até os dias de hoje. Nesta jornada, Guto irá se deparar com incríveis personagens: de familiares à antiga professora e amigos dos tempos de menino. Com trilha sonora executada ao vivo, a peça revela os encantos de uma comunidade ribeirinha e suas cantigas e lendas, numa história de aprendizagem, repleta de ternura, poesia e memórias.

ESPETÁCULO PALHAÇADAS – HISTÓRIA DE UM CIRCO SEM LONA – Cia. 2 em Cena de Teatro Circo e Dança 
 O espetáculo conta a história da dupla cômica Risada e Risadinha, que trabalha no Circo Brasil. O circo, que passa por uma grande crise financeira, um dia pega fogo, deixando a dupla sem ter onde morar e trabalhar. Os palhaços resolvem então juntar o que sobrou do circo e passam a apresentar suas palhaçadas nas ruas e praças na tentativa de reerguê-lo. Recheado de reprises e entradas de tradicionais circos brasileiros, Palhaçadas – História de um circo sem lona é um espetáculo criado a partir da pesquisa “Palhaços brasileiros – A formação do palhaço no Brasil”.

VIÚVA, PORÉM HONESTA – Grupo Magiluth 
Diretor de um jornal influente não consegue convencer sua filha única a deixar de velar seu marido, que morreu atropelado por uma carrocinha de picolé. O pai contrata uma ex-prostituta, um psicanalista e um otorrinolaringologista — todos charlatões — para dissuadir a filha do luto e querer se casar novamente. Como nenhum dos contratados achou uma solução para o caso, o jeito foi ressuscitar o morto para que ela, de apenas 15 anos, deixasse de ser viúva.

ELÉGUN – UM CORPO EM TRÂNSITO
Élegun: um corpo em trânsito é resultado de um projeto de pesquisa que transita pelos conceitos de “corporeidade” e de “performatividade”, assim como apresentados nos Livros: O corpo: pistas para estudos indisciplinares de Christine Greiner e O fazer-dizer do corpo de Jussara Setenta. Elégùn, na cultura afro-brasileira, é o cavalo do santo, aquele que no candomblé, recebe (incorpora; o médium) o Orixá (arquétipo).

H(EU)STÓRIA – O TEMPO EM TRANSE – Gota Serena e Grão Comum
A encenação h(EU)stória – o tempo em transe evoca a memória de Glauber Rocha. Mais de 30 anos já se passaram do dia de sua morte, tempo suficiente para deixar saudade, sentir seu silêncio e a distância que faz perder de vista. O espetáculo é um novo SOPRO DE VIDA para quem teve tanta vontade, fôlego e consciência de existir. O espetáculo abre “um novo plano sequência” sobre Glauber Rocha e sua relação com a arte, a política e o mundo. Ele nos deixou uma herança: filmes, livros, entrevistas, roteiros, artigos publicados, notas biográficas, poemas, textos que compõem sua memória afetiva e histórica, cartas que reunidas constituem um grande painel de seu pensamento. Nossa dramaturgia realiza um regresso ao seu discurso. Num eterno materialismo histórico e dialético. Com o texto da encenação atualizamos sua contemporaneidade.

SOBRE MOSAICOS AZUIS – Solo de Januária Finizola
A obra do escritor Rodrigo de Souza Leão é ponto de partida para esta pesquisa coreográfica de Januária Finizola. Quais os limites reais que separam patologias psiquiátricas das loucuras cotidianas? Qual a distância e a diferença entre normalidade e lucidez? No seu primeiro trabalho autoral, a intérprete traduz em movimento esses universos paralelos sobrepostos que são ao mesmo tempo realidade e ficção. Histórias que se confundem e se completam, mesclando traços da esquizofrenia do escritor com a personalidade da bailarina, e revelando novos significados para um território onde a razão não domina.

Fundarpe

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