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Palco Giratório amplia circulação no Interior do Estado e investe em atividades formativas


Pernambuco recebe, a partir de março, a 18ª edição do maior projeto de artes cênicas em circulação no país, o Palco Giratório, com curadoria nacional do Serviço Social do Comércio (Sesc). O estado recebe 12 dos 20 espetáculos selecionados este ano, que se apresentam até novembro em 14 cidades, totalizando 50 apresentações e 216 horas de atividade formativa.

Os números mostram os grandes destaques do projeto este ano para Pernambuco: a ampliação da interiorização, de forma a democratizar o acesso à arte e formar plateias, e o investimento maciço em atividades formativas, como oficinas, Pensamento Giratório e Intercâmbios com grupos locais.

Dois grupos pernambucanos fazem parte dos selecionados para o circuito nacional, ambos com espetáculos de dança. O bailarino Dielson Pessoa apresenta “O Silêncio e o Caos”, que tem como ponto inicial uma experiência psicológica vivida por ele mesmo; e o Balé Popular do Recife, fundado em 1977, que ganhou reconhecimento nacional com um Circuito Especial de Dança com o espetáculo “Nordeste: A Dança do Brasil”, que faz um passeio pelas principais manifestações artísticas e culturais encontradascomo folguedos e autos natalinos.

Até novembro, Pernambuco recebe companhias do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Maranhão

Primeira Etapa | A primeira etapa do Palco Giratório tem início no dia 23 de março na cidade de Petrolina, no sertão Pernambucano, com o espetáculo “Exu, a Boca do Universo”, do Núcleo Afrobrasileiro de Teatro de Alagoinha (BA). O enredo narra, sem compromisso cronológico, momentos em que Exu se mostra diferente daquilo que tanto se pregou na cultura ocidental sobre o orixá que rege a comunicação e a liberdade no candomblé. Optando por uma dramaturgia músico-poética, pela encenação em um espaço aberto e por atores que se personificam sobre as diversas concepções do orixá Exu, o humano e o divino se entrelaçam na celebração à condição de estar vivo. A peça tem 60 minutos e possui a direção de Fernanda Júlia. O elenco é formado pelos atores Antonio Marcelo, Daniel Arcades, Fabiola Julia, Fernando Santana e Thiaro Romero.

O grupo se apresenta no teatro Dona Amélia, do Sesc Petrolina, às 20h, com ingressos a 
R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). No dia 25, é a vez do Sesc Arcoverde receber o espetáculo no Teatro Escadaria, às 22h. Os ingressos custam R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). No Recife, além da apresentação gratuita no dia 28, às 19h, o grupo realiza a oficina nos dias 26 e 27, e um intercâmbio com o grupo Loucos e Oprimidos da Maciel, que encena “Polo Marginal”, também no dia 28. Por fim, o espetáculo “Exu, A Boca do Universo” passa por São Lourenço da Mata no dia 30, com apresentação gratuita.

Aldeias | As Aldeias Culturais são um braço do projeto Palco Giratório com atuação local, ampliando as conexões entre os grupos locais e de outros estados em diversas linguagens artísticas, como teatro, música, dança, cinema, artesanato, exposições e oficinas. Serão quatro distribuídas pelo Estado, sendo duas em Petrolina, a Vale Dançar, com atividades previstas para abril, e a Velho Chico, em agosto; uma em Arcoverde, a Aldeia Olho D’água dos Bredos, com ações em novembroAldeia Yapoatan, em Jaboatão dos Guararapes, que sedia em setembro.

As Aldeias recebem ações de arte e cultura organizadas pelos Departamentos Regionais do Sesc durante a passagem de espetáculos do Palco Giratório por seus territórios. Durante o ano, elas buscam fortalecer os laços, valorizar e potencializar a cadeia artística local. São atores, produtores e espectadores reconhecidos e inseridos na programação. A fidelidade às raízes é o mote, ainda, para o cortejo de abertura e uma maratona cultural, com 12 horas ininterruptas de programação.

Histórico – O Palco Giratório surgiu em 1998 e vem ao longo dos anos reafirmando o compromisso com o desenvolvimento e a difusão das artes cênicas a partir da circulação de espetáculos e grupos de teatro, dança e circo de todo o País. Passando por várias cidades, da capital e do interior, o projeto vem promovendo acesso à arte e a divulgação do trabalho dos artistas brasileiros. Além disso, oferta conhecimento gerado através das oficinas, intercâmbios e discussões, desenvolvendo as práticas artísticas do seu público e enriquecendo a troca de experiência com as diferentes expressões. Em 2015, foram selecionados 20 grupos, que apresentarão 30 espetáculos em todo o Brasil, totalizando 823 apresentações artísticas em 154 cidades brasileiras. O projeto este ano contará com a participação de artistas com necessidades especiais.

Elayne Costa

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