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Jornal Washington Post é vendido por 250 milhões de dólares

Fachada do jornal Washington Post
Foto: Bloomberg
O Jornal Washington Post vai mudar de dono. É um dos mais influentes do mundo, responsável pela publicação de reportagens que forçaram um presidente dos Estados Unidos a renunciar, na década de 1970. A notícia da venda deste símbolo da imprensa teve repercussão no mundo inteiro.
A notícia foi anunciada no fim da tarde, na edição online do jornal. O Washington Post será vendido para um dos homens mais ricos do mundo: Jeff Bezos, um dos fundadores do site de compras Amazon.
Segundo o próprio jornal, pouquíssimas pessoas sabiam da negociação. Valor da venda: US$ 250 milhões de dólares, o equivalente a R$ 575 milhões.
Bezos vai fazer o pagamento em dinheiro e a compra será concretizada em dois meses. Bezos é o único comprador, a Amazon não terá nenhuma participação no negócio.
É o fim de uma era. O Washington Post foi fundado há 136 anos. Ao longo de 80 deles, foi dirigido pela família Graham. Katherine Graham assumiu o jornal após a morte do marido em 1963.
Com ela no comando, o Washington Post publicou denúncias que transformaram a história dos Estados Unidos. Em 71, Katherine contrariou os pedidos do governo para que o jornal parasse de publicar documentos secretos do pentágono sobre o envolvimento americano no Vietnã.
Três anos depois, as denúncias sobre o escândalo Watergate levaram Richard Nixon à renúncia. Depois da morte dela em 2001, o jornal continuou sendo dirigido pela família. A revista Newswee, que pertenceu ao grupo durante quase meio século, deixou de ser publicada em papel após ser vendida, em 2010.
Numa carta aberta aos funcionários, o novo dono, Jeff Bezos, reafirmou o compromisso do jornal com seus leitores e disse que manterá a diretoria executiva do Washington Post.
Ele disse que - com a internet revolucionando a imprensa - o jornal terá que inventar e experimentar. Que o jornalismo tem um papel fundamental numa sociedade livre. E que espera ter a coragem da família Graham: de saber esperar, conferir a informação com uma outra fonte. E insistir numa boa história, a qualquer custo.
Fonte: G1

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