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João Silva recebe o título de patrimônio Vivo da Cultura Pernambucana

O arcoverdense João Leocádio da Silva foi um dos agraciados no VIII Concurso Público de Registro do Patimônio Vivo do Estado , promovido pelo Governo de Pernambuco, através da Fundarpe e da Secretaria de Cultura. Foram também contemplados no mesmo pleito o sanfoneiro Arlindo dos Oito Baixos e a Associação Musical Euterpina de Timbaúba.

A indicação de João Silva foi promovida pelo COCAR - Coletivo Cultural de Arcoverde, que em 25/10/2012, encaminhou a solicitação de sua inscrição com a seguinte justificativa:

"JOÃO SILVA – COMPOSITOR E PRODUTOR CULTURAL COM ATUAÇÃO NA ÁREA MUSICAL DO NOSSO ESTADO DESDE OS ANOS 60. SERTANEJO DE ARCOVERDE, HONRA O NOME DE PERNAMBUCO E A NOSSA CULTURA ONDE COMPÔS MUSICAS GRAVADAS POR PELO SAUDOSO LUIZ GONZAGA, SENDO O SEU MAIS CONSTANTE PARCEIRO DESDE 1964 ATÉ DEPOIS DA SUA MORTE.

JOÃO SILVA TEM MAIS DE MIL MÚSICAS GRAVADAS POR VÁRIOS ARTISTAS. TAIS COMO: PRÁ NÃO MORRER DE TRISTEZA, PAGODE RUSSO, DANADO DE BOM, DE FI A PAVI, FORRÓ DE CABO A RABO, NEM SE DESPEDIU DE MIM, SANFONINHA CHORADEIRA, DEIXA A TANGA VOAR E TANTAS OUTRAS QUE VEM SENDO EXECUTADAS EM TODO BRASIL.

NADA MAIS JUSTO QUE, NO CENTENÁRIO DO REI DO BAIÃO, O RPV-PE AGRACIE AQUELE QUE É O COMPOSITOR MAIS CONSTANTE NA CARREIRA DE GONZAGÃO E QUE PARTICIPOU INTENSAMENTE DA PRODUÇÃO DOS SEUS ÚLTIMOS TRABALHOS."
O mestre João Silva, natural do distrito das Caraíbas, iniciou-se musicalmente em Arcoverde, de onde migrou para o Sudeste e ali construiu uma exitosa carreira, que o coloca como um dos compositores brasileiros mais gravados. Para se ter uma idéia, a sua canção "Prá não Morrer de Tristeza", conhecida como o hino da boemia brasileira, é um hit que recebeu inúmeras gravações, desde artistas da região até o festejado Nei Matogrosso. Mas o maior mérito de Seu João é ser o compositor mais gravado pelo Rei do Baião.

João Silva, inclusive, neste ano foi agraciado pela Câmara de Vereadores de Arcoverde com a Medalha de Honra ao Mérito Cardeal Arcoverde, pelo valor que representa para a cultura da nossa cidade.
O Concurso do Patrimônio Vivo elege anualmente três nomes que contribuíram há mais de 20 anos para o fortalecimento da cultura pernambucana, garantindo-lhes uma pensão vitalícia mensal de R$ 750, para pessoas físicas, e R$ 1,5 mil, para grupos. 

A comunidade cultural arcoverdense sente-se lisongeada com a vitória obtida por João Silva, mas também alegra-se por ter tido outra concorrente com muitos méritos que foi habilitada na primeira fase do concurso. Não seria uma injustiça se o prêmio tivesse sido concedido a Dona Severina Lopes, líder do Samba de Coco das Irmãs Lopes e herdeira daqueles que um dia trouxeram essa manifestação cultural para Arcoverde.

Fonte: COCAR
 
 

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