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Eduardo acompanha transladação dos restos mortais de Dom Hélder, Dom Lamartine e do Pe. Henrique

Foto: Raul Buarque

 “Um aplauso de Pernambuco e do mundo a essas três vidas”. Foi assim, ao som das palmas intermitentes, que o governador Eduardo Campos encerrou, hoje (27/8) pela manhã, a cerimônia de transladação dos restos mortais de Dom Hélder Câmara, do bispo auxiliar, Dom José Lamartine, e do padre Antônio Henrique Pereira para um túmulo definitivo na capela lateral da Igreja da Sé, em Olinda.  

A cerimônia religiosa começou com uma Concelebração Eucarística, presidida pelo Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, e que contou com a presença de bispos, padres e diáconos. A igreja da Sé estava lotada com familiares, amigos e antigos colaboradores de Dom Hélder e Dom Lamartine, além de representantes das diversas paróquias da arquidiocese. Eduardo acompanhou a cerimônia de uma hora e meia ao lado da esposa Renata e da avó materna, Madalena Arraes.

“São três vidas que embalam os sonhos dos cristãos, dos democratas e daqueles que sabem que ainda há muita injustiça. Sob a liderança de Dom Hélder, a igreja se aproximou dos mais pobres e do que é hoje uma causa mundial: o combate à miséria e à desigualdade”, disse Eduardo, que foi o último orador da solenidade.

Grande defensor dos direitos humanos e único brasileiro indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz, Dom Hélder foi o Arcebispo de Olinda e Recife por mais de 20 anos (1964-85). Nas lutas mais ferrenhas, sobretudo durante o período da Ditadura Militar, Dom Hélder teve ao lado Dom Lamartine, seu bispo auxiliar, e também o jovem padre Antônio Henrique, que foi torturado e morto em 1969. O crime continua impune até hoje e é um dos principais casos nas investigações da Comissão Estadual da Memória e Verdade, instalado no último dia 1 de junho. O sacerdote é tido como “Mártir da Juventude da Arquidiocese de Olinda e Recife”.

Ao final, a irmão do padre Henrique, Isaíras Pereira Padovan, lançou o livro “Padre Antônio Henrique – Dissimulações do Regime Militar de 64”, que começou a ser escrito pela mãe do sacerdote. Toda a renda com a venda do livro será revertida para a Pastoral da Juventude.  “Graças a D. Madalena eu consegui o depoimento de dois policiais que ajudaram a esclarecer detalhes que ainda estavam obscuros. Não só ela, mas o próprio governador me incentivou muito para a conclusão da obra. E eu tenho fé que a verdadeira história do meu irmão virá à tona”, contou a irmã do Padre Henrique, logo após assistir o fechamento dos túmulos onde, lado a lado, repousarão eternamente os três religiosos.

Fonte: ASCOM

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1 Comentários

  1. Ele só esqueceu de ir ao aniversário da boneca quebrada. Belo canalha!

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