Foto: Eduardo Braga
Complementar a renda familiar
dos agricultores que sofrem com os efeitos da seca no Semiárido pernambucano.
Com este objetivo o governador Eduardo Campos encaminhou à Assembleia
Legislativa (Alepe), nesta segunda-feira (27/08), Projeto de Lei que cria o Chapéu
de Palha Emergencial da Estiagem. Com a aprovação do projeto, cerca de 200 mil
famílias em 112 municípios do Estado receberão um ajuda financeira de R$ 280
para cobrir as perdas financeiras provocadas pela seca mais severa dos últimos
40 anos no Estado.
A solenidade, que
contou a presença de cerca de 200 pessoas, entre representantes dos movimentos
sociais do campo e agricultores, aconteceu na Sede Provisória do Governo no
Centro de Convenções. A parcela extra será concedida aos agricultores que já
recebem auxilio financeiro do Garantia-Safra (R$680) ou do Bolsa Estiagem (R$
400). O valor de R$ 280 será pago em quatro parcelas de R$ 70, a partir de outubro deste
ano, através de um cartão magnético especifico do programa.
Ao destacar os prejuízos
que as mudanças climáticas e a escassez de água vão causar em todos os recantos
do mundo, Eduardo defendeu um “olhar estratégico para o hoje e para o amanhã”.
“A gente tem que pensar, a um só tempo, no próximo ano, na próxima década e no
próximo século. Temos que usar a inteligência para fazer os dois movimentos“,
afirmou. O governador destacou os investimentos que o Governo do Estado tem
feito na construção de cisternas e adutoras, no acesso ao crédito, na compra a
preço justo da produção dos agricultores pernambucanos, entre outras ações.
Para garantir a
parcela extra aos agricultores familiares, o Governo investirá cerca de R$ 60
milhões em recursos do cofre do Estado. O complemento financeiro vai beneficiar
os agricultores de municípios que tiveram situação de emergência ou calamidade
pública decretados pelo Governo Federal. A decisão de conceder o complemento
financeiro levou em consideração o prolongamento dos efeitos da estiagem no
Agreste e Sertão Pernambucano, que tornaram necessário ampliar o valor e
período de duração do auxilio financeiro.
No sitio de 29 hectares no
município de Pedra no Agreste pernambucano onde planta feijão e milho para
consumo da família de nove pessoas, o agricultor Zenildo Silva, 54, comemorou a
notícia. “Esse ano não teve ganho, só perda. Achei ótimo porque esse dinheiro
vai nos ajudar a comprar comida para gente e também para ração dos animais”,
disse o agricultor ao lembrar que o gado de tão magro mal fornece leite.
Fonte: ASCOM
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