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Sertânia acolhe a 3º edição do Fórum Regional de Cultura do Moxotó


A cidade de Sertânia serviu de palco, pela primeira vez, para a realização do Fórum Regional de Cultura, recebendo representantes de cinco municípios da região do Moxotó (Manari, Betânia, Arcoverde, Ibimirim e Sertânia), que foram distribuídos por linguagens, como já é de praxe  nesses encontros. Um debate aberto que visa avançar em questões da cultura local, através da discussão dos temas já apresentados em fóruns anteriores, onde o documento é novamente apreciado para ratificação e/ou ampliação do que foi proposto em setembro de 2009, data do último Fórum Regional do Sertão do Moxotó, realizado em Arcoverde.

O Fórum é uma grande mobilização da sociedade, dos setores representativos da cultura, com a missão de fortalecer a implantação  de um Sistema Nacional de Cultura, que assegure aos cidadãos a produção e o acesso à cultura, como prevê a Constituição Brasileira de 1988.  “Este  SNC terá o mesmo caráter revolucionário que o SUS teve no setor da saúde. Com o Sistema Único de Saúde todo cidadão passou a ter direito à atenção médica em todo território nacional. O Sistema Nacional de Cultura também vai promover e garantir o acesso da população à sua cultura”, explicou Teca Carlos, coordenadora de Cultura Popular da Secult/Fundarpe.Em nível nacional, enquanto o SNC caminha no Congresso, uma outra sigla, tão importante quanto ele, o PNC – Plano Nacional de Cultura, já está aprovado desde dezembro do ano passado. “Estamos aqui preparando a sociedade para receber esse novo tempo. É uma estratégia de guerra, assim como foram as criações de outros sistemas e conselhos como os de Saúde, Educação e Assistência Social, já consolidados no País”, argumenta Teca Carlos, para concluir que “todos esses conselhos vieram da luta da sociedade civil organizada, em torno de discussões como essas”.


A criação dos Conselhos de Cultura Municipais, Estaduais e Nacional é o passo mais importante para dar início ao que se convencionou chamar de  C-P-F da cultura, cuja sigla aqui significa os três pilares para a construção das políticas públicas do setor: Conselho + Plano + Fundos Culturais. Entretanto, para sair do papel, tudo isso depende de projeto de lei dos poderes executivos, daí a necessidade de debates como esses para sensibilizar e convencer as prefeituras a criar as condições de implementação desses conselhos. Até porque, os recursos da União e dos Estados para fomento só poderão ser repassados aos municípios que constituírem tais instâncias de participação popular. O III Fórum Regional é um momento de discussão coletiva com apoio do Governo Eduardo Campos e a chegada do Festival Pernambuco Nação Cultural pela primeira vez no Sertão do Moxotó, ainda esse ano, é uma oportunidade para que os setores da cultura da região cobrem mais empenho do poder público. É o que Arcoverde está fazendo agora, antecipando-se aos outros municípios da região na criação do Conselho Municipal de Cultura e que deve servir de exemplo para Pernambuco.


A prefeita de Sertânia, Cleide Ferreira, também esteve presente no III Fórum Regional de Cultura do Sertão do Moxotó, e aproveitou para saudar os participantes em nome da cidade. “Sertânia está feliz por ter recebido vocês, e hoje é o momento de agradecer ao governador Eduardo Campos , que vem para o interior ouvir as pessoas, numa demonstração de que esse é um governo diferente, que busca a participação de todos”.


No encerramento do evento, depois da apresentação dos trabalhos dos grupos das linguagens de patrimônio, cultura popular, audiovisual, artesanato e moda, literatura, música, artes cênicas e artes plásticas,  Claudemir Sousa, diretor de Articulção Institucional da Secult/Fundarpe, representando o Secretário de Cultura de Pernambuco, Fernando Duarte e o Presidente da Fundarpe, Severino Pessoa, falou da importância da organização dos setores da cultura e da sociedade civil nesse momento histórico pelo qual passa a nossa cultura. “Nós estamos hoje em Sertânia porque acreditamos nesse trabalho de ouvir as pessoas, quais são os seus sonhos, suas bandeiras, e convocá-las para aproveitar esse apoio dos prefeitos, do governador, da Secretaria de Cultura, para nos inserir no Conselho Nacional de Cultura, começando daqui, das cidades. Somos protagonistas dessa grande revolução cultural que está acontecendo no país”.

Fonte: Fundarpe

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