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Movimento dos Sem Teatro realiza invasão a construção do teatro de Arcoverde


O MST – Movimento dos Sem Teatro, é uma ação que nasceu da inquietação de um grupo de artistas com a situação de espaços culturais da cidade de Arcoverde, como o Teatro Municipal e o Cinema Rio Branco. A não conclusão das obras do Teatro Geraldo Barros e as portas fechadas para eternas “reformas” do Cine Rio Branco são símbolos do descaso com que a administração municipal tem tratado os assuntos relativos à cultura na cidade. O nome MST, que traz o mote da luta dos Sem Terra, é oportuno, uma vez que nossa peleja é, entre outras, pela ocupação espaços ociosos para fazer desses lugares terreno fértil de criação artística e cultural.

É um movimento que parte de ações individuais para um interesse coletivo. Não cabe somente aos atores, músicos, artistas em geral, cabe a cada membro da comunidade, a todos nós como cidadãos.
Sabe-se da importância das manifestações culturais para a educação integral, por exemplo, e, no entanto, sequer as prometidas oficinas de arte foram ministradas.
Não nos parece justo que o produto dos nossos impostos continue a ser utilizado como depósito de materiais da prefeitura, nem que o espaço garantido por lei para oficinas seja ponto comercial.

As preocupações e atuações do MST, portanto, tratam de uma questão que não se resume ao espaço físico do Teatro, mas ao panorama cultural como um todo. Queremos, enquanto artistas e enquanto cidadãos, que sejam realizadas o quanto antes as ações previstas na Lei Orgânica, que seriam, a princípio, a conclusão das obras do Teatro Municipal Geraldo Barros e a organização de todo o espaço destinado à cultura, a fim de que todo o complexo seja posto em funcionamento e a serviço da comunidade. É preciso finalmente compreender que o potencial que Arcoverde tem não é sazonal. Com um trabalho conjunto é possível manter uma programação cultural o ano inteiro, indo muito além do São João.

Muitas outras tentativas de abertura do Teatro foram feitas ao longo dos anos, e essas deixaram um legado para todos aqueles que acreditam na validade de seus direitos. O importante é que se mantenha forte a consciência de que o que se exige é respeito e cumprimento das leis. O que se espera é que as manifestações culturais recebam a atenção devida e o fomento necessário a sua realização. Para tanto, muitas atitudes políticas devem ser tomadas, como a criação de um Conselho Municipal de Cultura ou mesmo o estabelecimento de uma comprometida Secretaria de Cultura, a fim de que a cidade possa usufruir do SNC – Sistema Nacional de Cultura, assunto, aliás, que Arcoverde parece conhecer muito pouco.

Que fique claro que o termo política aqui nada tem a ver com disputas partidárias. Fala-se em Política enquanto arte de organização, administração, tomada de decisões. O MST programa uma série de ações que são divulgadas à medida que são organizadas.

Esperamos a participação dos artistas, pois vivemos um momento em que nossas armas são outras: joguemos com nossa poesia, com nossa arte. E também acreditamos na presença da comunidade como um todo nessas ações, uma vez que o que se propõe é de interesse não só de artistas, mas de todos os cidadãos. Vale lembrar o item XXVII da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz “Todo homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios”.

16:00h - Abertura - Onde fica o Teatro Municipal de Arcoverde? 
Declamações - Poetiza Carina
Bingo de uma Caixa de Cerveja e um galeto assado
Romeu e Julieta - Teatro de Retalhos
Fala do representante do  Cocar
Aula espetáculo de Coco - Valete e François
Street Dance
Bingo da Cesta Cultural
Declamações - Poeta Jaelson
Lágrimas de Um Palhaço - Grupo Mandalá
Voz e Violão
Para Eros e Thanatos - Tropa do BalacoBaco
Declamações - Poeta Esdras
Boi - Etarc
Declamações - Poetiza Edilza
Fala do Representante da Comunidade Cultural - Romualdo Freitas
Terrarium - Orquestra Sertão

Djaelton Quirino 

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